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Chocolate: um vilão para as crianças?

A nutricionista Marcia Vivas explica que o chocolate, se dado na medida certa, não faz mal para a criançada

Ao leite, branco, amargo, com amendoim, nozes, flocos... são tantas as opções disponíveis que é quase impossível resistir. Principalmente durante a Páscoa, que ovos, trufas, barras e caixas de bombom se multiplicam nas prateleiras dos mercados e é grande o risco de exagerar no consumo de chocolate. Se para os adultos já é difícil de se controlar, para as crianças então, nem se fala! Ficam ainda mais seduzidas pelo doce por conta das belas embalagens com os temas infantis da moda e as lembrancinhas no interior dos ovos de Páscoa.

Mas, como a festa só acontece uma vez por ano e o chocolate também possui propriedades benéficas à saúde, ninguém precisa impedir a garotada de comer. "O chocolate com alto teor de cacau possui antioxidantes, por isso faz bem à saúde, se consumido moderadamente. Além disso, provoca a liberação de serotonina e endorfina no cérebro, o que contribui para a sensação de bem-estar. O chocolate também possui vitaminas e minerais importantes para o corpo, como manganês, zinco, potássio, magnésio e cobre.", explica a nutricionista Marcia Vivas, do Prontobaby.

De acordo com a especialista, o consumo recomendado para crianças é de 25 gramas por dia. Isso equivale a uma barra pequena. Contudo, vale ressaltar que a ingestão de chocolate não é indicada para menores de dois anos. "Antes disso, o organismo do bebê não está pronto para digerir o doce, rico em gordura e açúcar. Sem contar com a possibilidade de reação alérgica alimentar, que é comum durante os dois primeiros anos de vida", adverte a profissional.

Como as crianças costumam ganhar muitos chocolates na Páscoa, os pais não devem deixá-las comerem tudo de uma vez só. O consumo deve ser dividido ao longo dos dias que seguem a data festiva. "Exagerar no chocolate pode levar à diarreia, enjoo, alergia e até intoxicação. Outros resultados negativos são o aumento do colesterol e a elevação dos índices de glicemia", lembra Marcia.

E também não é porque é Páscoa que as refeições podem ser substituídas por ovos de chocolate. A família deve manter a alimentação equilibrada e oferecer o doce, em pequenas porções, como opção de sobremesa. "Uma dica é quebrar o ovo em pedacinhos de chocolate e misturá-los às frutas. A brincadeira é 'caçar' esses pedacinhos", sugere a especialista do Prontobaby.

Bom, agora que sabemos que o chocolate não é item proibido na alimentação das crianças. Mas vale destacar que é melhor sempre optar pelos mais escuros, ou seja, com maior quantidade e concentração de cacau. Infelizmente, por ser mais amargo, essa não é a versão preferida da garotada, que normalmente gosta mais do chocolate ao leite. "Os pais podem escolher, então, o tipo meio amargo, que tem razoável quantidade de cacau, e não é tão gorduroso como o chocolate ao leite", ensina a nutricionista, que ainda acrescenta que o branco é o tipo mais calórico e gorduroso de chocolate e por isso deve ser evitado. "Ele é rico em gordura hidrogenada, que faz mal aos pequenos. Prefira sempre o chocolate preto", orienta.

Ninguém precisa ficar de fora da festa da Páscoa! Até mesmo para crianças com restrições alimentares, como aquelas diabéticas ou intolerantes ao glúten (doença celíaca), existem no mercado chocolates específicos. Portanto, aprecie com moderação e aproveite o feriado!

* Esta ferramenta não fornece aconselhamento médico. Destina-se apenas a fins informativos gerais, não pretende concluir nenhum diagnóstico e não aborda circunstâncias individuais. Não é um substituto do aconselhamento ou acompanhamento de profissionais da saúde. Alertamos que o diagnóstico e o tratamento não devem ser baseados neste site para tomar decisões sobre sua saúde. Jamais ignore o conselho médico profissional por algo que leu no www.saude.com.br. Se tiver uma emergência médica, ligue imediatamente para o seu médico.

Esta matéria pertence ao acervo do saude.com.br

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