Suplementos alimentares: entenda quando eles são necessários
A suplementação alimentar indevida pode causar danos à órgãos vitais e à saúde
Creatina, Whey Protein, BCAA… Esses são os nomes de alguns dos suplementos alimentares mais famosos e consumidos. Facilmente encontrados, prometem ajudar no ganho de músculos, proporcionar mais energia e auxiliar no processo de emagrecimento. Dessa forma, o uso desses produtos se tornou muito comum, principalmente para quem procura aumentar o desempenho nos treinos e conseguir alcançar os resultados desejados.
Nos últimos anos, o mercado de suplementos alimentares teve um crescimento bastante significativo, principalmente por conta da pandemia de Covid-19 em 2020, que impulsionou a conscientização do consumidor em relação à saúde e bem-estar pessoal. O “novo normal” forçou a população a realinhar suas prioridades pessoais. Entre 2015 e 2021, houve um aumento de 10% no consumo de suplementos alimentares no Brasil.
Além dos atletas de alto rendimento, pessoas que se exercitam de forma amadora também começaram a investir em suplementos alimentares – em busca de maior desempenho e mais resultados, longevidade e qualidade de vida. Desse modo, a indústria alimentícia tem trabalhado para aumentar a oferta de suplementos, com novos componentes em suas fórmulas para ampliar os nutrientes para todos os perfis dos consumidores.
Entretanto, um aspecto alarmante dessa nova tendência é o uso desordenado desses produtos, em muitos casos sem a orientação de um profissional de saúde. Pesquisas mostram que muitas pessoas estão ingerindo vitaminas e outros suplementos sem a devida orientação. Isso pode desencadear uma série de problemas de saúde, já que o excesso de nutrientes pode ser tão prejudicial quanto a sua falta.
A ingestão exagerada de vitamina C pode causar cálculos renais. Já o excesso de vitamina D pode resultar em sonolência, confusão mental e até depressão. Ademais, o uso prolongado de suplementos pode causar dor no estômago, comprometer o funcionamento dos rins e do fígado e até aumentar o risco de problemas cardiovasculares.
Portanto, a suplementação é sim uma aliada à alimentação, à saúde e aos treinos, mas ela deve ser individualizada, levando em conta as necessidades nutricionais específicas de cada pessoa. Assim, a orientação de um profissional de saúde é fundamental para determinar se há necessidade de uso de suplementos e a sua dosagem adequada.
E quando os suplementos alimentares são necessários?
Primeiramente, é essencial entender a importância de uma alimentação equilibrada. Uma dieta balanceada deve fornecer todos os nutrientes que são necessários para o bom funcionamento do organismo. Dentre eles: proteínas, carboidratos, vitaminas, minerais e gorduras – que devem ser obtidos, preferencialmente, através dos alimentos. Frutas, verduras, legumes, cereais integrais, carnes magras, peixes e laticínios são fontes naturais ricas em nutrientes.
Contudo, existem situações em que os suplementos alimentares podem ser necessários. Um dos casos mais comuns é o de pessoas com deficiências nutricionais diagnosticadas. Um exemplo disso são os casos de deficiência de vitamina D, principalmente em indivíduos com pouca exposição ao Sol.
Outro exemplo é o das mulheres grávidas, que muitas vezes precisam de suplementação de ácido fólico, para prevenir defeitos no tubo neural do feto. Além disso, idosos podem se beneficiar de suplementos de vitamina B12 e cálcio, pois eles podem ter uma absorção reduzida de nutrientes por conta do envelhecimento, o que é natural.
Porém, vale ressaltar que, apesar dos suplementos alimentares com vitaminas e proteínas serem benéficos para o coração, fígado, rins e músculos, eles não substituem a alimentação. Afinal, como diz o próprio nome, suplemento é algo para complementar, e não substituir. E, assim como os alimentos, é essencial saber a qualidade do que se está consumindo.
Em vista disso, o ideal é consumir os suplementos alimentares com indicação e dose correta, seja para complementar a falha na alimentação ou suplementar em casos de maior necessidade nutricional. A dose e a recomendação devem ser prescritas por um médico ou nutricionista, para que não aconteçam excessos que podem ter consequências negativas ao organismo e à saúde.
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