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O açúcar é realmente um vilão para a saúde?

Entenda como o açúcar age no corpo quando é consumido e os problemas que o seu consumo em excesso pode causar

Biscoitos recheados, chocolates, sorvetes, cereais, bolos, refrigerantes… Muitas vezes quando as pessoas pensam em açúcar, esses são os primeiros alimentos que vêm à sua mente. Entretanto, é possível encontrar diferentes tipos de açúcar em diversos alimentos. A sacarose é o tipo de açúcar mais utilizado, e existe em maior quantidade nesses alimentos. Além dela, os outros dois tipos mais conhecidos são: a frutose, encontrada nas frutas, e a lactose, que vem do leite.

Outros tipos de açúcar que também podem ser utilizados na produção de alimentos e bebidas são: mel, xarope de milho, xarope de milho rico em frutose, dentre outros. Durante a digestão, todos eles se transformam em frutose e glicose, com exceção da lactose, que é convertida em glicose e galactose.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) determina que o consumo máximo de açúcar é de 50 g por dia para crianças e adultos; sendo 25 g a quantidade ideal. Isso dá, aproximadamente, 2 colheres de sopa ou 6 colheres de chá não cheias de açúcar. Dentro dessa recomendação, a OMS não incluiu o açúcar proveniente das frutas nem do leite.

 

O açúcar como fonte de energia

Apesar de sua fama, os açúcares são carboidratos e atuam como a principal fonte de energia do corpo humano, principalmente durante atividades físicas de alto rendimento. Além disso, eles desempenham um papel essencial na alimentação: adicionam sabor, cor e textura aos produtos assados. Os açúcares também fornecem energia para o fermento utilizado no preparo do pão, ajudam a equilibrar a acidez em molhos de tomate e molhos para saladas e impedem a cristalização da sacarose em doces.

O corpo humano usa todos os tipos de açúcar da mesma maneira, e não há diferenças nutricionais entre eles. Durante a digestão, os açúcares e outros carboidratos - como os amidos - se transformam em glicose e viajam através do sangue para as células do organismo, fornecendo energia ou sendo armazenados para o uso futuro.

A glicose é o principal combustível das células. O maior exemplo disso é que o cérebro não vive mais de cinco minutos sem glicose - o que a torna essencial. Na falta de glicose na corrente sanguínea, os sintomas de hipoglicemia (queda das taxas de açúcar no sangue) começam a aparecer: suor frio, tontura, tremedeira, moleza, enjoo, sensação de desmaio ou até o desmaio em si. Logo, o açúcar é vital para o corpo e à vida.

 

Fique alerta às quantidades!

Contudo, apesar da importância do açúcar, ainda é necessário ter bastante cuidado com esse carboidrato. O açúcar ingerido em excesso pode causar diversos danos à saúde. A ingestão média de açúcar dos brasileiros está em cerca de 150 g por dia, enquanto a recomendação máxima da OMS é 50 g diárias. Ou seja, os brasileiros têm consumido o triplo da quantidade máxima, o que tem muitas consequências.

O consumo excessivo de açúcar está diretamente relacionado a doenças como obesidade e diabetes que, por sua vez, caminham juntas com outras comorbidades, como hipertensão e doenças cardiovasculares. Todas essas doenças podem diminuir drasticamente a qualidade de vida da pessoa.

Entretanto, a questão que precisa ser debatida é: o problema não é o açúcar que é colocado no café, no bolo ou no leite. É o açúcar que não é visto e está embutido em outros alimentos, como refrigerantes, biscoitos, pães, massas, ketchups e vários outros. Sendo assim, é importante estar sempre atento aos rótulos e controlar a ingestão diária desse carboidrato. A educação alimentar pode mudar a vida de muitas pessoas.

 

Mas o açúcar engorda?

Os açúcares em si não causam ganho de peso. O excesso de gordura ocorre quando uma pessoa ingere mais calorias do que o necessário, podendo vir de qualquer nutriente calórico - proteínas, álcool, gorduras e carboidratos. Além disso, o sedentarismo e a falta de atividade física regular também desempenham um papel significativo nesse caso.

 

Trocas saudáveis

O açúcar costuma ser associado ao controle da ansiedade, à energia e ao prazer. Em vista disso, é frequente que ele seja procurado em momentos que se busca alívio de tensões e mais tranquilidade, principalmente no trabalho e no estudo. Porém, se consumido por longos períodos, ele pode ter o efeito contrário, causando cansaço e fadiga. Se a procura inicial é por energia, existem outras fontes mais saudáveis e com valores nutricionais.

Nesses casos, é possível substituir o açúcar por carboidratos, ou até frutas. Uma das funções do carboidrato é dar energia, ânimo e gás para o corpo. Os mais recomendados são os de farinhas integrais, por serem mais ricos em benefícios. Já a frutose - o açúcar natural das frutas - pode gerar o mesmo efeito. Além disso, quando a intenção é adoçar, outros adoçantes não calóricos podem funcionar como substitutos do açúcar, de acordo com a dieta e o objetivo de cada pessoa.

Vale ressaltar que a ingestão de açúcar não deve ser completamente condenada, apenas controlada, para que não haja problemas de saúde no futuro. É recomendado procurar um profissional de nutrição para auxiliar a inserir a substância na dieta para não causar malefícios ao corpo.

* Esta ferramenta não fornece aconselhamento médico. Destina-se apenas a fins informativos gerais, não pretende concluir nenhum diagnóstico e não aborda circunstâncias individuais. Não é um substituto do aconselhamento ou acompanhamento de profissionais da saúde. Alertamos que o diagnóstico e o tratamento não devem ser baseados neste site para tomar decisões sobre sua saúde. Jamais ignore o conselho médico profissional por algo que leu no www.saude.com.br. Se tiver uma emergência médica, ligue imediatamente para o seu médico.

Esta matéria pertence ao acervo do saude.com.br

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