“Marca-passo cerebral” pode transformar a vida de pacientes com Parkinson
Segunda doença neurodegenerativa mais prevalente no planeta, os casos de Parkinson podem dobrar até 2040; o DBS é uma terapia segura e comprovada, porém ainda pouco conhecida, que já ajudou mais de 100.000 pessoas
São Paulo, 28 de março de 2024 – Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a Doença de Parkinson afeta cerca de 4 milhões de pessoas no mundo, entre eles, 200 mil brasileiros. Por isso, o Dia de Conscientização da Doença de Parkinson, mundialmente celebrado em 11 de abril, é importante para destacar a importância do diagnóstico precoce e do tratamento adequado para a doença – e o DBS é uma dessas opções pouco difundidas que tem transformado a vida de pacientes no Brasil e no mundo.
A Estimulação Cerebral Profunda (DBS, do inglês Deep Brain Stimulation) é um tratamento a ser considerado quando só o uso de medicamentos já não é mais eficaz no controle dos sintomas. Realizada há mais de 20 anos com resultados expressivos, é uma terapia segura e comprovada que já ajudou mais de 100.000 pacientes com a doença de Parkinson a recuperar o controle e a qualidade de vida.
“A técnica utiliza um pequeno dispositivo, semelhante a um marca-passo, cirurgicamente implantado na região do tórax, que envia sinais elétricos a fios condutores colocados no cérebro. Essa estimulação pode melhorar a função motora, reduzindo sintomas como tremores, lentidão e rigidez”, explica o Diretor de Neuromodulação da Boston Scientific, Lucas Silva.
Segundo dados de estudos da Boston Scientific, empresa líder mundial em tecnologia médica, mais de 90% dos pacientes relataram uma melhora nos sintomas e, quando perguntados se fariam o tratamento com DBS novamente, 96% disseram que sim.
O DBS aumenta em até 6 horas o período “ON” (com sintomas sob controle), em comparação ao tratamento apenas com medicamentos, e a melhora significativa na função motora é sustentada por pelo menos cinco anos5. Pacientes com tremores relataram uma redução média de 70% destes sintomas.
Com o aumento da expectativa de vida e o envelhecimento da população, os casos mundiais podem dobrar até 20401, já que as estimativas apontam para 1% das pessoas com mais de 65 anos convivendo com essa condição. Dados de pesquisa realizada pelo Programa de Pós-Graduação da Faculdade Israelita de Ciências da Saúde Albert Einstein revelam o crescimento em número de casos nas últimas décadas e a perspectiva de que, embora sejam mais comumente associados a idosos, 10% a 20% dos diagnósticos de Parkinson são em adultos por volta dos 50 anos de idade.
“Parkinson é hoje a segunda doença neurodegenerativa mais prevalente no planeta. No entanto, ainda existe pouca divulgação a respeito da condição clínica, seus sintomas e tecnologias disponíveis para tratamento”, continua Silva. “Parkinson não tem cura, mas existe um espectro amplo da doença e as terapias evoluíram significativamente nos últimos 30 anos”, completa.
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