Dia Mundial sem Tabaco: COC levará campanha ‘Viver sem Cigarro’ a 2 mil alunos
Instituições de ensino das redes municipal e particular receberão palestras para alertar os jovens sobre os males do fumo
O Centro de Oncologia Campinas escolheu o mês em que se celebra o Dia Mundial sem Tabaco, em 31 de maio, para iniciar mais uma edição da campanha Viver sem Cigarro, ação criada para conscientizar estudantes sobre a malignidade do fumo. O tabagismo é uma das principais causas de mortes evitáveis no mundo e responde por mais de 8 milhões de óbitos anuais, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Estudantes de 11 instituições de ensino de Campinas, incluindo escolas das redes municipal, estadual e particular, participarão de palestras ministradas por profissionais da área médica do Centro de Oncologia Campinas. As apresentações duram em média uma hora e são acompanhadas de audiovisuais e sessões para tirar as dúvidas dos alunos.
Ao final do ciclo de palestras, que se estende pelo primeiro semestre letivo, os participantes são convidados a apresentar desenhos sobre o tema tabagismo. Os melhores trabalhos são escolhidos para ilustrar o calendário do COC “Viver sem Cigarro”, apresentado em cerimônia realizada no final de cada ano para premiar os selecionados. Os calendários são distribuídos pelo COC às escolas participantes, pacientes e colaboradores, também como forma de reforçar a campanha antitabagismo.
A primeira palestra ocorreu no dia 7 de maio, na Escola Estadual Vitor Meireles, no bairro São Bernardo, em Campinas. Uma nova rodada de conversa sobre tabagismo está marcada para esta terça-feira (13), na mesma escola.
Educar, destaca o oncologista Fernando Medina, do Centro de Oncologia Campinas, é a melhor forma de prevenir o surgimento de novos fumantes. “O programa tem como objetivo conscientizar os jovens sobre os riscos à saúde associados ao tabagismo. Assim estamos ajudando a formar gerações conscientes de não-fumantes”, salienta.
Ana Raquel Medeiros Beck, enfermeira do COC com doutorado em saúde da criança e do adolescente pela Unicamp e palestrante da campanha “Viver sem Cigarro”, lembra que o envolvimento dos estudantes durante as palestras revelou aspectos importantes, como o desconhecimento da maioria de que os vaps, ou cigarros eletrônicos, fazem tanto mal à saúde quanto os cigarros convencionais.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proíbe a venda, importação e propaganda de cigarros eletrônicos no Brasil desde 2009. Ainda assim, o consumo crescente dos dispositivos eletrônicos para fumar pode ser constatado sobretudo entre os jovens, parcela da população suscetível a desenvolver o tabagismo, mas também a mais receptiva a entender os perigos do vício.
O tabagismo
O Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima que o tabaco esteja relacionado a cerca de 15% das mortes de homens e 7% dos óbitos das mulheres adultas no Brasil. “A fumaça do cigarro contém mais de 4.720 substâncias químicas, incluindo 60 cancerígenas, como arsênico, chumbo e cádmio, que danificam órgãos como pulmões, fígado e rins”, detalha o oncologista clínico do COC, Fernando Medina.
Os principais impactos do tabagismo à saúde incluem:
- Doenças cardiovasculares: infarto, hipertensão, angina e derrame cerebral.
- Doenças respiratórias: bronquite crônica, enfisema e doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC).
- Câncer: pulmão, boca, laringe, esôfago, estômago, próstata e rins.
- Outros prejuízos: infertilidade, complicações na gravidez, envelhecimento precoce, doenças periodontais e mau hálito.
“Fumantes passivos, incluindo crianças, também enfrentam riscos graves, como infecções respiratórias, asma, rinite e câncer de pulmão. A nicotina, altamente viciante, leva 50% a 70% dos que experimentam o cigarro à dependência, com adolescentes sendo particularmente vulneráveis devido às estratégias de marketing da indústria tabagista”, relata Medina.
Programa Viver sem Cigarro
O programa “Viver sem Cigarro”, promovido pelo Centro de Oncologia Campinas (COC), é uma iniciativa de prevenção ao tabagismo voltada para crianças e adolescentes em escolas públicas e privadas de Campinas e região. Em 2024, o programa impactou mais de 1.400 estudantes em oito escolas, com 51 palestras ministradas por oncologistas e pela enfermeira Ana Raquel Medeiros Beck. A iniciativa busca educar sobre os malefícios do tabaco e prevenir a iniciação ao fumo.
“A participação de mais de 1.400 crianças em 2024 demonstra o alcance do programa e sua relevância na formação de uma geração mais consciente sobre os perigos do tabaco”, assegura Medina.
A OMS destaca que 90% dos fumantes iniciam no vício antes dos 19 anos, com a média de adesão aos 15 anos, o que torna programas como o “Viver sem Cigarro” essenciais para proteger os jovens das táticas da indústria tabagista. As atividades criativas, como a produção de desenhos e frases, fortalecem o engajamento dos alunos, incentivando-os a rejeitar o cigarro e a promover ambientes escolares livres de tabaco.
Expansão em 2025
Para 2025, o programa “Viver sem Cigarro” está preparado para ampliar seu impacto, com a meta de atender mais de 2.000 alunos em escolas de Campinas e região. Essa expansão incluirá mais palestras, atividades educativas e a continuidade da produção de materiais antitabagistas.
A iniciativa planeja fortalecer parcerias com escolas estaduais e municipais, expandindo o alcance para novas instituições e intensificando a conscientização sobre os malefícios do tabaco.
“O tabagismo é uma ameaça à saúde pública, com impactos devastadores em fumantes ativos e passivos, especialmente crianças e adolescentes. O programa ‘Viver sem Cigarro’ em Campinas é uma resposta eficaz a esse problema”, analisa o oncologista do COC.
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