Aneurisma da aorta abdominal: como se proteger deste mal silencioso?
É preciso ficar atento porque, se não diagnosticado e tratado a tempo, pode ser fatal
Quando se fala em aneurisma, o mais conhecido de todos é o cerebral, que pode ser fatal ou deixar sequelas irreversíveis. Mas pouco se fala sobre o aneurisma da aorta abdominal. A aorta é a maior artéria do corpo, que sai do coração e distribui o sangue por todas as áreas do corpo.
O nome aneurisma é dado quando se tem a dilatação de uma artéria, e essa dilatação ultrapassa em mais de uma vez o diâmetro dessa artéria, em qualquer parte do corpo. Um aneurisma periférico é aquele que se desenvolve fora do território cerebral e o mais comum é o aneurisma da aorta abdominal.
Para entender melhor, normalmente uma aorta tem de 1,5 a 2 centímetros de diâmetro. As mulheres têm uma aorta mais fina, e os homens mais grossa. O angiologista Antonio Carlos Souza, da Angiomed, explica que, quando essa medida ultrapassa os três centímetros, podemos chamar de aneurisma. Ele também afirma que o maior problema do aneurisma na aorta abdominal é que, em grande parte das situações, não há sintomas característicos. "O diagnóstico, muitas vezes, é feito de forma incidental, isto é, a pessoa vai realizar um exame, como uma ultrassonografia ou tomografia, e detecta a presença do aneurisma por acaso", declara.
O médico ainda completa que a primeira manifestação do aneurisma pode ser uma das piores complicações: a ruptura, já que, quando rompem, de 10 a 15% dos pacientes morrem imediatamente; um grande número de pacientes consegue chegar vivo ao hospital, mas a metade destes também morre antes ou depois de ser feito algum procedimento.
Então, para se ter êxito na recuperação de um aneurisma na aorta abdominal, é imprescindível que seja feito o diagnóstico precoce. E, por ser uma doença silenciosa, a única maneira é manter os exames e as consultas médicas de rotina em dia.
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