Uso em excesso de tecnologias pode prejudicar a saúde dos olhos
A oftalmologista Roberta Abdulmassih indica alguns cuidados para evitar possíveis sintomas
Em casa, no trabalho, no parque ou no shopping, as pessoas estão cada vez mais conectadas. Seja nos celulares, tablets, notebooks ou no tradicional computador. Alguns internautas passam horas nesses aparelhos, sempre atentos a cada nova postagem ou novo comentário. Contudo, esses longos períodos de uso podem causar sérios danos à saúde. O primeiro problema está na exposição excessiva dos olhos às telas.
"O uso excessivo da visão nessas tecnologias exige acomodação e convergência contínuos, que podem causar cansaço, ardência e olhos vermelhos”, explica a médica oftalmologista Roberta Abdulmassih, do Centro Completo de Oftalmologia (HCO), de Uberlândia.
Segundo a especialista, isso pode acarretar uma série de problemas. "Por ser uma atividade que exige atenção fixa e contínua, há uma diminuição no ritmo da piscada, o que favorece o aparecimento ou o agravamento do olho seco e, com ele, vários sintomas, como a sensação de corpo estranho e de areia nos olhos, além de ardência e olhos vermelhos”, completa a médica.
Cuidados
Para evitar qualquer problema, o segredo é dosar na medida certa a navegação. Ou melhor, o tempo de permanência no mundo virtual. "Uma das principais dicas para não prejudicar a saúde dos olhos é fazer intervalos de aproximadamente 10 minutos a cada hora de uso. Desta forma, há o relaxamento da musculatura e um alívio para o cansaço relacionado com este esforço”, indica Roberta.
O controle da iluminação do ambiente, o contraste da tela e o reflexo são fundamentais para ter maior conforto durante o uso. Além disso, é preciso lembrar-se de um detalhe precioso: piscar muitas vezes. "Procure piscar mais vezes para evitar que os olhos fiquem ressecados e irritados. A falta desse gesto pode causar o chamado olho seco. E, claro, mantenha uma distância razoável de 40 ou 60 centímetros da tela", aconselha a especialista. "Mas, se os sintomas persistirem, a melhor recomendação é procurar um oftalmologista".
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