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Artrite reumatóide: como diagnosticar?

A doença é identificada duas vezes mais em mulheres

As doenças reumatológicas acometem principalmente o aparelho locomotor, ou seja, ossos, articulações, cartilagens, músculos, tendões e ligamentos, podendo também apresentar comprometimento sistêmico, como lesões renais, pulmonares, oftalmológicas e intestinais. No Brasil, existem cerca de 12 milhões de pessoas que sofrem de algum problema reumatológico, segundo o Portal de Reumatologia. Entre as patologias mais comuns, destaca-se a artrite reumatóide, uma doença sistêmica inflamatória crônica, diagnosticada duas vezes mais em mulheres, conforme aponta a Dra. Clarissa Canella, radiologista da Clínica de Diagnóstico por Imagem (CDPI).

Embora as mulheres sejam maioria nos casos clínicos, a artrite reumatóide também acomete homens de todas as idades, cujos sintomas se iniciam normalmente entre 35 e 50 anos. De acordo com a especialista, a doença ataca principalmente pequenas articulações das mãos e dos pés, gerando erosões no osso e na cartilagem que levam à destruição articular e deformidade, reduzindo a qualidade de vida dos pacientes. Os sintomas mais comuns são dor e rigidez nas articulações das mãos e dos pés, mais intensas nos períodos matinais, bem como fadiga e perda de peso.

"Quando a artrite reumatóide envolve outros órgãos, a morbidade e a gravidade são ainda maiores, podendo diminuir a expectativa e a qualidade de vida. Com o avanço da doença, os pacientes desenvolvem incapacidade para realizar atividades, tanto da vida diária como profissional”, revela a radiologista.

O diagnóstico da artrite depende da associação de uma série de sintomas e sinais clínicos, achados laboratoriais e radiográficos. "O processo inflamatório da artrite é mediado por autoanticorpos. O principal deles é o fator reumatóide, encontrado na maioria dos pacientes – cerca de 70% a 80% –, entretanto, pode estar presente apenas após algum tempo de evolução da doença. A ultrassonografia com power doppler e a ressonância magnética permitem achados precoces da artrite reumatóide. No entanto, as alterações encontradas devem ser correlacionadas com dados clínicos e laboratoriais para o diagnóstico definitivo da doença", afirma a Dra. Clarissa.

Considerando o potencial incapacitante da artrite, o acompanhamento de pacientes, do ponto de vista funcional, deve ocorrer desde o início da doença, com orientação e programas terapêuticos dirigidos para proteção articular e manutenção do estado funcional do aparelho locomotor e do sistema cardiorrespiratório.

* Esta ferramenta não fornece aconselhamento médico. Destina-se apenas a fins informativos gerais, não pretende concluir nenhum diagnóstico e não aborda circunstâncias individuais. Não é um substituto do aconselhamento ou acompanhamento de profissionais da saúde. Alertamos que o diagnóstico e o tratamento não devem ser baseados neste site para tomar decisões sobre sua saúde. Jamais ignore o conselho médico profissional por algo que leu no www.saude.com.br. Se tiver uma emergência médica, ligue imediatamente para o seu médico.

Esta matéria pertence ao acervo do saude.com.br

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