Salto alto: afinal, pode ou não pode?
Sapatos com salto alto devem ser usados com moderação, pois podem provocar problemas de saúde
É impressionante como alguns centímetros a mais na altura dos calçados podem fazer as pernas parecerem mais torneadas, o bumbum e os seios mais empinados e, com isso, melhorar a autoestima de várias mulheres. Entretanto, o salto alto deve ser usado com moderação: quanto maior e mais fino, mais problemas pode provocar à saúde.
"São dores da beleza!", justificam as mais vaidosas. Para quem usa sempre e já se acostumou, o desconforto muitas vezes é maior na hora de calçar um sapato baixo. Mas, a questão é que quem faz uso rotineiro do salto alto pode gerar mudanças biomecânicas no corpo e alterações na musculatura: os músculos da parte de trás da perna ficam mais curtos e os da frente mais longos. Além disso, segundo o professor de educação física Helson Anacleto, da academia GAFF Studio, a posição elevada do calcanhar provoca excesso de tensão e pode causar até bloqueio articular.
Outro problema comum é a modificação do posicionamento do hálux, o dedão do pé. "Como quase 100% desses calçados tendem a ter a ponta extremamente fina, o hálux acaba sendo empurrado para o meio do pé. A consequência é o surgimento do famoso joanete, que aparece para suprir a deficiência biomecânica do hálux", explica o profissional. O salto alto também pode acarretar danos à coluna, como o aumento da lordose, além de dores no joelho, calosidades, tendinites e unhas encravadas.
Contudo, depois de todo esse revés, fique calma! O calçado preferido das mulheres não está proibido pelos ortopedistas, o segredo é variar na altura. De acordo com especialistas, deve-se intercalar o uso de sapatos com saltos mais altos e mais baixos para não acostumar a musculatura, pois, se isso acontecer, cada vez que a elevação do salto mudar, a pessoa sentirá dor.
Além disso, existem técnicas e exercícios simples que podem ser colocados em prática diariamente para remediar o desconforto e os prejuízos do uso do salto alto. "Massagear a musculatura da parte posterior da panturrilha, com foco na região mais próxima do tendão calcanear, e movimentar o tornozelo, levando o joelho até a parede e de volta para a posição inicial podem ajudar bastante", recomenda o professor Helson Anacleto.
* Esta ferramenta não fornece aconselhamento médico. Destina-se apenas a fins informativos gerais, não pretende concluir nenhum diagnóstico e não aborda circunstâncias individuais. Não é um substituto do aconselhamento ou acompanhamento de profissionais da saúde. Alertamos que o diagnóstico e o tratamento não devem ser baseados neste site para tomar decisões sobre sua saúde. Jamais ignore o conselho médico profissional por algo que leu no www.saude.com.br. Se tiver uma emergência médica, ligue imediatamente para o seu médico.
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