28 de julho: o dia mundial de combate à hepatite
Entenda como essa doença, que muitas vezes age silenciosamente, pode causar complicações na sua vida e veja as maneiras de preveni-la
A hepatite é considerada hoje um dos maiores problemas de saúde pública do mundo, sendo responsável por mais de um milhão de óbitos anuais. A doença atinge o fígado e compromete o órgão e suas funções; pode se apresentar de forma crônica ou aguda, e são diversas as maneiras de contato. No dia 28 de julho, comemoramos o Dia Mundial de Combate à Hepatite, e o Saude te ajuda a lembrar quais são os principais sintomas e qual a melhor maneira de lidar com o problema.
“Infelizmente, as pessoas não costumam dar a devida atenção à importância da prevenção e desconhecem dados alarmantes, como o fato do vírus da Hepatite B ser quase 100 vezes mais contagioso que o da Aids”, alerta a especialista em imunizações e gerente médica da Vaccini – Clínica de Vacinação, Flavia Bravo. Contra o vírus da Hepatite C ainda não há vacina, mas para os tipos A e B existem vacinas e diferentes tratamentos.
O vírus da Hepatite B é encontrado no sangue e em secreções. A doença, altamente infecciosa, é transmitida principalmente por relação sexual, além da exposição a agulhas, alicates e outros instrumentos cortantes contaminados. Mulheres infectadas também podem passar o vírus para o bebê durante a gestação e no momento do parto.
A melhor forma de prevenção contra a Hepatite B é a vacinação. “Muitas pessoas não sabem ou negligenciam o fato da doença ser realmente grave, podendo evoluir para casos de cirrose, câncer de fígado e até a morte" alerta a gerente da Vaccini. Outra preocupação dos médicos é que a Hepatite B pode ser assintomática, o que faz com que possíveis portadores do vírus transmitam a doença sem saber. Disponível na rede de saúde pública para imunização de recém-nascidos e jovens de 11 a 24 anos de idade, a vacina contra Hepatite B é administrada em três doses. Integrantes de grupos de risco, como profissionais da área da saúde, hemofílicos, imunodeprimidos e portadores de doenças crônicas também são vacinados gratuitamente. Para quem não está incluído nesta faixa etária, clínicas privadas de vacinação legalizadas junto ao Ministério e Secretarias de Saúde oferecem a vacina.
Já o vírus da Hepatite A é transmitido via fecal-oral, principalmente por ingestão de água ou alimentos contaminados, por isso recomenda-se atenção ao consumir bebidas e alimentos de procedência desconhecida e lavar bem as mãos com frequência. Os sintomas mais comuns são náuseas, vômito e prurido, embora a doença se manifeste de forma assintomática muitas vezes. Não há tratamento específico para a doença, apenas o repouso, além da ingestão de bastante água e dieta equilibrada. “É verdade que a Hepatite A não costuma evoluir para casos sérios ou trazer maiores complicações, mas a doença pode exigir um período longo de repouso, causando absenteísmo na escola ou trabalho. É um custo social e econômico que não vale a pena”, pondera Flávia. A vacina é aplicada em duas doses, com intervalo de seis meses.
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