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Hipertensão: já verificou sua pressão recentemente?

Saiba mais sobre essa doença grave e silenciosa

No dia 26 de abril é comemorado o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial, popularmente conhecida como pressão alta. A doença é silenciosa e quase não apresenta sintomas, mas pode ser grave. A hipertensão é uma doença complexa, desencadeada por uma dezena de processos fisiológicos. Raramente está associada a uma única causa.

"Quando os sintomas aparecem na sua forma crônica, é normal que um órgão já esteja comprometido", explica o cardiologista Robinson Poffo, do Hospital Albert Einstein, de São Paulo. Os sinais podem ser dor de cabeça e pescoço, fadiga, confusão mental, tontura, náusea, problemas de visão, dor no peito, cansaço e, eventualmente, arritmias.

A pressão é considerada alta quando é igual ou maior que 14 por 9. Isso significa que a força do fluxo de sangue contra a parede das artérias está acima do normal. Com as artérias lesionadas, o caminho está aberto para o depósito de gorduras que causam infarto ou para a ruptura da parede dos vasos, o que resulta em derrame. A hipertensão é responsável por 40% dos casos de morte por derrame e 25% dos óbitos por infarto. A pressão tida como ideal é 12 por 8, embora haja uma recomendação da Associação Americana do Coração para que esse parâmetro baixe para 11 por 7.

Embora apenas metade dos brasileiros hipertensos saiba que está doente, o mal da pressão alta não é mais tão "silencioso" quanto já foi num passado recente. A hipertensão só começou a ser investigada como doença no início dos anos 50, quando as companhias de seguro americanas passaram a associar o distúrbio ao grande número de pacientes mortos. Hoje, a medição da pressão arterial é obrigatória em qualquer consulta médica (se o seu médico não o fizer, cobre-o! Ou, então, mude de profissional).

O arsenal químico desenvolvido contra a doença é poderoso. De remédios diuréticos, que passaram a ser usados contra o mal na década de 60, ao Diovan, o anti-hipertensivo mais receitado no mundo, há várias e eficientes opções de tratamento. Muitos pacientes, no entanto, não seguem as prescrições ou abandonam a medicação de uma hora para outra. O risco do descaso, obviamente, é grande.

Em relação ao problema, um dos aspectos que mais preocupam os médicos é o aumento de peso da população brasileira e o incremento do consumo de comidas industrializadas, que são ricas em sal. O sobrepeso e o excesso de sal na dieta estão entre os maiores vilões que propiciam o aparecimento da pressão alta. O consumo nacional per capita de sal chega a absurdos 12 gramas diários. De acordo com o estabelecido pela Organização Mundial de Saúde (OMS), essa quantidade não deveria ultrapassar os 5 gramas. Sal em excesso retém líquido e, consequentemente, aumenta o volume de sangue nas artérias. Com isso, a pressão sobe.

Além disso, conter o estresse é igualmente vital, mas é difícil para todo mundo superar as agendas atribuladas e expedientes cada vez mais longos. Por causa da agitação febril da vida moderna, os médicos especialistas recomendam check-ups anuais a quem tem mais de 30 anos.

* Esta ferramenta não fornece aconselhamento médico. Destina-se apenas a fins informativos gerais, não pretende concluir nenhum diagnóstico e não aborda circunstâncias individuais. Não é um substituto do aconselhamento ou acompanhamento de profissionais da saúde. Alertamos que o diagnóstico e o tratamento não devem ser baseados neste site para tomar decisões sobre sua saúde. Jamais ignore o conselho médico profissional por algo que leu no www.saude.com.br. Se tiver uma emergência médica, ligue imediatamente para o seu médico.

Esta matéria pertence ao acervo do saude.com.br

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