O combate a psoríase
No dia 29 de outubro, é comemorado o dia do combate a psoríase, doença de dermatológica que atinge, aproximadamente, 5 milhões de pessoas no Brasil. Entenda os riscos dessa doença e formas de prevenção
A psoríase é uma doença inflamatória crônica da pele que se manifesta, na maioria das vezes, por lesões róseas ou avermelhadas recobertas por escamas esbranquiçadas. Em alguns casos, as lesões podem estar apenas nos cotovelos, joelhos ou couro cabeludo. Já em outros, as lesões se espalham por toda a pele. Frequentemente, há acometimento das unhas. Embora seja pouco habitual, há casos em que as articulações também podem ser afetadas causando a artrite psoriásica.
A psoríase não escolhe sexo ou idade embora tenha picos de incidência na segunda e quinta décadas de vida. Qualquer pessoa pode desenvolver essa doença, que não é contagiosa e não atinge órgãos internos. Apesar de não provocarem dor, as lesões trazem prejuízos à qualidade de vida dos portadores, já que atingem a aparência, comprometendo a interação social e a auto-estima.
FATORES DESENCADEANTES
A psoríase é causada por vários fatores, destacando-se a existência de um componente genético, o que não significa que seja, necessariamente, hereditária. Aproximadamente, 50 a 60% dos pacientes não possuem registro da psoríase em sua família. A partir do componente genético da psoríase, vários fatores podem desencadear o surgimento das lesões, como a reação a alguns medicamentos, algumas infecções, ferimentos na pele e, principalmente, o estresse. É comum o surgimento da psoríase estar associado a crises emocionais. Porém, a eliminação de um ou de todos esses fatores não significa que as lesões de psoríase desaparecerão.
DIAGNÓSTICO
Pelo simples exame clínico do dermatologista, que é o único médico indicado pelo Conselho Federal de Medicina para tratar da pele, cabelos e unhas. A psoríase não causa manifestação nos órgãos internos, por isso, os exames laboratoriais têm pouca utilidade (geralmente só são utilizados para acompanhamento durante o uso das medicações). Além do “olho clínico”, o único recurso que pode confirmar o diagnóstico é a biópsia da pele: exame simples feito no consultório ou ambulatório, em que o médico tira um pedacinho da pele para análise.
TIPOS DE PSORÍAS
Psoríase vulgar ou em placas - A psoríase em placas ou vulgar é a mais comum. Atinge 90% dos pacientes. A doença pode apresentar diferenças em relação à intensidade e evolução. As áreas mais afetadas são cotovelos, joelhos, couro cabeludo, região lombo-sacra e umbigo.
Psoríase nas unhas ou ungueal - Em mais de 50% dos casos a psoríase pode envolver as unhas, correspondendo a um grande estigma da doença, pois interfere nas relações sociais e atividades de trabalho. Umas das principais características da doença é o descolamento da unha (onicólise). Para minimizar é preciso que o paciente evite traumatismos. Por isso, é importante manter a unha curta, seca e limpa para diminuir as chances de ocorrerem estímulos que possam intensificar o descolamento.
Artrite psoriática - Uma pequena parcela da população de pacientes pode apresentar esse tipo de manifestação da doença, que pode apresentar inflamações nas cartilagens e articulações, desenvolvendo dor, dificuldades nos movimentos e alterações na forma das articulações.
Além dos principais tipos de psoríase, existem ainda: psoríase em gotas, psoríase eritrodérmica, psoríase pustulosa, psoríase invertida e psoríase palmo-plantar.
O TRATAMENTO
São várias as formas de tratamento, portanto cabe ao dermatologista avaliar a melhor delas. Nas formas leves, são prescritos medicamentos tópicos sob a forma de pomada, loções, xampus ou géis. Nas formas mais avançadas, além de duas ou três sessões de fototerapia por semana, podem ser indicados medicamentos de uso interno via oral ou injetável, dependendo do caso. As terapias biológicas são os tratamentos mais modernos para a psoríase, mas por serem muito caras, destinam-se a casos especiais.
CONTROLE
Não existe cura para essa doença, mas é possível controlá-la e levar uma vida normal. As lesões podem desaparecer e não reaparecer durante muitos anos e, algumas vezes, nunca mais voltar. Porém, para a maioria dos pacientes, a psoríase é uma doença crônica com períodos de erupções e períodos sem manifestações visíveis.
A evolução da psoríase é completamente imprevisível, variando muito de paciente para paciente. Em muitas pessoas, as lesões são moderadas e se concentram em uma região da pele, entretanto, existem casos em que as lesões se generalizam pelo corpo todo. As articulações eventualmente podem estar acometidas, inclusive levando a deformidades.
As medicações variam desde cremes para uso local, até medicações sistêmicas, dependendo da forma e extensão da doença. O médico dermatologista é o profissional que irá determinar qual deverá ser indicado.
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