Pílula do dia seguinte: quais os perigos?
A pílula do dia seguinte não deve ser adotada como método contraceptivo convencional, apenas em casos de emergência
Camisinhas, contraceptivos orais, injetáveis, DIUs... Todos esses métodos diminuem, de maneira significativa, a chance da mulher engravidar. Contudo, o ato sexual não é uma ciência exata e, por isso, existe a possibilidade de haver alguma falha na "hora H". E é quando bate o desespero que as mulheres costumam recorrer à famosa pílula do dia seguinte (PDS).
Conhecida também como pílula de emergência, pílula do aborto, pílula pós-coital ou plano B, o contraceptivo chegou ao Brasil em 1999. No início era indicada apenas para prevenir a gravidez em casos de violência sexual e acidentes com o rompimento do preservativo, evitando-se assim gestações indesejadas.
Composta apenas de progesterona, possui maior concentração do hormônio quando comparada a uma pílula anticoncepcional convencional, sendo assim, mais potente. Para se ter uma ideia, dois comprimidos equivalem à meia cartela de anticoncepcional convencional. E numa caixinha normalmente vêm dois comprimidos: um a ser tomado, de preferência, nas primeiras 24 horas, quando sua eficácia é maior, seguido de outra dose após 12 horas.
Se a fecundação ainda não aconteceu, o medicamento vai dificultar o encontro do espermatozóide com o óvulo. Porém, se a fecundação já tiver ocorrido, irá provocar uma descamação do útero, impedindo a implantação do ovo fecundado. Caso o ovo já esteja implantado, ou seja, já tenha iniciado a gravidez, a pílula não tem efeito algum. Como efeito colateral, pode provocar enjôo, mal-estar e dor de cabeça.
A pílula do dia seguinte possui uma efetividade de quase 94%, se tomada nas primeiras 24 horas. No entanto, ela não deve servir como método contraceptivo constante, somente em ocasiões de emergência. Já que, devido a sua grande dose hormonal, desregula todo o ciclo hormonal feminino, causando irregularidade menstrual significativa e efeitos desconfortáveis na pele, como acne e aumento de oleosidade, por exemplo.
É importante destacar que, além de apresentar efeitos colaterais muito mais severos que a pílula comum, o contraceptivo de emergência não protege das doenças sexualmente transmissíveis. Contra elas, só mesmo a camisinha.
Embora seja possível adquiri-la nas farmácias sem prescrição médica, procurar por orientação antes é indispensável. Só um ginecologista poderá dar certeza de que o medicamento é indicado para o seu caso.
Lembrando que a Constituição Federal assegura o direito ao planejamento familiar, que foi regulamentado pela Lei Nº 9.263, de 1996. Assim, é dever do Poder Público garantir às pessoas informações, meios, métodos e técnicas para regulação da sua fecundidade.
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