Saiba quando você deve fazer o exame coloproctológico preventivo
O fundamental para a cura é a identificação precoce, fique alerta aos sintomas
O risco de desenvolver câncer de cólon e reto, em igual proporção entre homens e mulheres, aumenta significativamente a partir dos 40 anos. Histórico pessoal de pólipo intestinal, de doença inflamatória intestinal (especialmente retocolite ulcerativa), sintomas e/ou sinais como sangramento, alteração do hábito intestinal como constipação (prisão de ventre), diarréia, muco (catarro) nas fezes ou cólicas de repetição se faz necessário o exame coloproctológico.
Com histórico familiar de casos de câncer, principalmente colorretal, esse exame deverá ser feito a partir dos 20 anos de idade, pelo aumento do risco de ser portador(a) de um pólipo que poderá futuramente transformar-se em câncer e, quando detectado precocemente (ainda benigno), o sucesso do tratamento é de 100%.
Segundo a Sociedade Americana de Câncer, o câncer do reto e cólon (intestino grosso) passou para o primeiro lugar como a forma mais comum da doença fatal nos Estados Unidos, surgindo mais de 200.000 casos por ano. Aproximadamente 60.000 pacientes morrem dessa doença anualmente.
O fundamental para a cura, já na fase de câncer colorretal, é a identificação precoce. Infelizmente, os portadores da doença (por descuido, má orientação, não valorização dos sinais ou sintomas) chegam ao consultório do coloproctologista em um estágio muito avançado, por conseguinte diminuindo as chances de cura.
Desta forma, é recomendado para pessoas sem histórico familiar e sintomas o exame no coloproctologista, a partir dos 40 anos, ficando ao julgamento do profissional a periodicidade que deverá ser seguida.
O exame convencional é absolutamente indolor e consiste na inspeção do ânus, toque retal e na visão direta do interior do reto e porção final do intestino grosso (sigmóide). Trata-se de um exame eficaz, e sua execução trará informações prognósticas valiosas. Outras técnicas de estudo do intestino grosso poderão ser necessárias caso haja indicação por algum motivo, na dependência da idade e outros fatores, como por exemplo, colonoscopia - exame de imagem.
Importante: Nunca faça uma colonoscopia sem antes passar pelo coloproctologista, mesmo que pedido por um especialista de outra área. Peça-o para que indique primeiro um coloproctologista. Um câncer de ânus ou na parte final do reto pode passar despercebido pelo exame.
A consulta inicial deverá ser feita sem nenhum preparo, quando será executado o exame do abdômen, o estudo do ânus, a visualização do canal anal e o aspecto do resíduo fecal, para detectar se há presença de sangue e/ou muco e, se possível, será realizado o estudo total do reto e da parte final do intestino grosso.
Dr. Miguel Arcanjo Sá
Coloproctologia
Titular da Sociedade Brasileira de Coloproctologia
Pós-Graduado no St. Mark’s Hospital - Londres
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