img

Quem são os hebiatras?

Seus filhos são "crescidinhos" para o pediatra, mas nem tanto para o ginecologista ou urologista? Conheça o hebiatra

Todos os pais sabem que não existe uma fase mais difícil na vida de seus filhos do que a puberdade. Fase esta que, hora eles estão bem crescidinhos, hora voltam a ser crianças. E o que fazer quando precisam procurar um médico? Segundo eles, o pediatra, que os acompanhou desde o nascimento, é coisa de "pirralho". Mas, por outro lado, um médico ginecologista ou urologista ainda é muito cedo, pensam os pais. Chegou a hora de conhecerem o hebiatra.

Numa referência à Hebe, deusa da juventude na mitologia grega, a hebiatria, direcionada exclusivamente ao atendimento médico dos adolescentes, é reconhecida desde 1998 pela Associação Médica Brasileira. Para exercê-la, é preciso ser formado em pediatria e fazer dois anos de especialização em hebiatria.

Os hebiatras, na teoria, seguem o que dita a Organização Mundial da Saúde (OMS), onde a adolescência é o período entre os 10 a 20 anos, podendo ocorrer até antes dos 10 anos. Essa especialidade surgiu da constatação de que, do ponto de vista biológico, nenhuma época da vida é marcada por tantas mudanças quanto a puberdade. De uma forma geral, é nessa fase que adquirimos 25% da nossa estatura final e 50% do nosso peso total. As metamorfoses psicológicas também são determinantes para moldar a personalidade do adulto. Não é à toa que esse médico conta com o apoio de uma equipe formada por nutricionistas, fonoaudiólogos, fisioterapeutas, psicólogos, psiquiatras e professores de educação física.

O hebiatra se diferencia do pediatra e do médico ginecologista ou urologista pelo fato de que, além do conhecimento da parte física, hormônios, nutrição e dos principais problemas de saúde dessa fase da vida, que são diferentes das crianças e dos adultos, o hebiatra precisa ter um olhar psicoemocional para perceber e lidar com novas situações que se colocam para os adolescentes, como iniciação sexual, uso de drogas, gravidez na adolescência, comportamentos semelhantes ao grupo e violência urbana.

Um hebiatra não só pode prevenir tais problemas, como ajudar o adolescente a enfrentar seus tormentos existenciais. Por outro lado, embora os adolescentes estejam começando a se distanciar da família nessa fase da vida, os pais devem continuar tentando sempre a conversa. Os jovens precisam de pessoas que o escutem e sejam boas referências. Além disso, os pais precisam estar atentos ao acompanhar os passos dos filhos, evitando, no entanto, uma relação de confronto.

* Esta ferramenta não fornece aconselhamento médico. Destina-se apenas a fins informativos gerais, não pretende concluir nenhum diagnóstico e não aborda circunstâncias individuais. Não é um substituto do aconselhamento ou acompanhamento de profissionais da saúde. Alertamos que o diagnóstico e o tratamento não devem ser baseados neste site para tomar decisões sobre sua saúde. Jamais ignore o conselho médico profissional por algo que leu no www.saude.com.br. Se tiver uma emergência médica, ligue imediatamente para o seu médico.

Esta matéria pertence ao acervo do saude.com.br

brand

Um infinito de informações: saúde, meio ambiente, inclusão social, qualidade de vida e mais...