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HPV: entenda como essa doença afeta o corpo humano

Atingindo, majoritariamente, as mulheres, o papilomavírus pode aumentar o risco de câncer

O papilomavírus humano é uma doença sexualmente transmissível e altamente contagiosa, muito comum, causando verrucosidades genitais e lesões do colo uterino. Existem mais de 60 tipos deste vírus, e certos tipos podem levar a maior risco de câncer que outros. Cerca de 60% das mulheres sexualmente ativas já tiveram contato com alguma categoria do HPV. E em torno de 50% dos parceiros das mulheres infectadas adquiriram a doença.

Segundo a Organização Mundial de Saúde, uma em cada três mulheres até 30 anos está infectada atualmente no mundo. Há casos de mulheres infectadas que não exibem lesões externas mas estão com o HPV.

O período habitual da instalação da doença é de três a oito meses, sendo que em alguns casos, o vírus fica "adormecido" por longo período, entrando em atividade quando caem as resistências imunológicas como outras viroses, infecções vaginais graves, repique (contaminação) com parceiro infectado.

 

Sintomas

- Verrugas genitais;

- Ferimentos genitais que não cicatrizam;

- Irritação e/ou prurido vulvovaginal persistente;

- Infecções genitais de repetição;

- Sangramento de lesões vulvovaginais, inicialmente imperceptíveis para as pacientes, que na verdade são verrugas em crescimento. Durante a gravidez, as lesões crescem mais rapidamente e sangram com facilidade.

 

Diagnóstico

O diagnóstico do HPV é realizado somente com testes em laboratórios específicos (biópsia e captura híbrida). Vale ressaltar que todos os outros testes, inclusive as características clínicas apresentadas pelas pacientes são apenas sugestivos da doença.

Alguns dos testes específicos:

- Colpocitologia (coleta de secreção vaginal em lâmina);

- Biópsia de lesões;

- Colposcopia (exame com aparelho especial e com substâncias corantes);

- Captura híbrida - teste feito com material colhido em meios próprios, no consultório, e que enviado ao laboratório detecta os 14 tipos mais comuns da doença, determinando ou não a presença de DNA do vírus de baixo, médio ou alto risco;

- Os vírus 6, 11, 42, 43 e 44 seriam mais "benignos" e os tipos 16, 18, 31, 33, 35, 45, 52 e 56 levariam ao maior risco de malignização do colo de útero. Este teste é o escolhido pelo National Cancer Institute dos Estados Unidos como preferencial desde 1997.

 

Tratamento

- Retirada das verrugas por cirurgia, eletrocauterização, criocauterização, cauterização química;

- Terapia antiviral;

- Abstinência sexual até a cicatrização total das lesões.

 

Prevenção

Infelizmente, o uso do preservativo pode não ser suficiente para prevenir a transmissão, pois o vírus pode se encontrar fora da área de proteção, como na vulva ou na bolsa escrotal. A abstinência sexual total até a cura completa das lesões é essencial para evitar a recontaminação. Existe um alto índice de recidiva e nestes casos o tratamento deverá ser repetido.

No caso de uma grávida com lesões está indicado o parto cesáreo para evitar a contaminação do feto, que ocorreria no parto vaginal.

* Esta ferramenta não fornece aconselhamento médico. Destina-se apenas a fins informativos gerais, não pretende concluir nenhum diagnóstico e não aborda circunstâncias individuais. Não é um substituto do aconselhamento ou acompanhamento de profissionais da saúde. Alertamos que o diagnóstico e o tratamento não devem ser baseados neste site para tomar decisões sobre sua saúde. Jamais ignore o conselho médico profissional por algo que leu no www.saude.com.br. Se tiver uma emergência médica, ligue imediatamente para o seu médico.

Esta matéria pertence ao acervo do saude.com.br

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