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Autismo: uma doença muito comum e que ainda sofre preconceito no Brasil

De acordo com a Autism Society of American (ASA), o Autismo é uma inadequação no desenvolvimento que se manifesta de maneira grave por toda a vida. Podendo ser em menores ou maiores graus, a doença atinge aproximadamente 2 milhões de brasileiros, de acordo com a Secretaria de Saúde do Paraná

Há cerca de 20 anos, surgiu a primeira associação para o autismo no Brasil. Até então, a síndrome era conhecida por poucos profissionais da área de saúde e, alguns pais que haviam sido surpreendidos com o diagnóstico. De acordo com a Autism Society of American (ASA), o Autismo é uma inadequacidade no desenvolvimento que se manifesta de maneira grave por toda a vida. Acomete cerca de 20 em cada 10 mil nascidos e é quatro vezes mais comum no sexo masculino que no feminino. É encontrado em todo mundo, em famílias de qualquer configuração racial, étnica e social. Não se conseguiu provar qualquer causa psicológica no meio ambiente dessas crianças que possa causar a doença. Segundo a ASA, os sintomas são causados por disfunções físicas do cérebro.

 

Normalmente o diagnóstico é feito antes do três anos de idade a partir da observação de problemas como:

 

Comprometimento na interação social;

Comprometimento na comunicação verbal e não-verbal e no brinquedo cognitivo;

Comportamento e interesses restritos e repetitivos.

 

À medida que vão crescendo, chama a atenção o fato de parecerem não escutar os comandos dados, haver uma ausência de medos reais, uma aparente insensibilidade à dor, uma forma diferente de andar (na ponta dos pés) e a presença de gestos estranhos nos quais buscam conforto, como balançar o tronco, por exemplo. Episódios de auto agressão podem acontecer. Os autistas também podem apresentar hipersensibilidade a determinados sons e repetir imediatamente ou tardiamente frases e sons ouvidos.

 

O preconceito ainda é muito grande, por isso associações como a Mão Amiga (Associação de pais e amigos de pessoas autistas) buscam incluir esse indivíduo na sociedade, especialmente os de família de baixa renda. O programa “Son-Rise” feito pelo “Inspirados pelo Autismo” tem como objetivo facilitar o desenvolvimento da comunicação verbal de crianças e adultos com autismo e dificuldades de comunicação. O programa apresenta uma abordagem altamente inovadora e dinâmica com workshops que oferecem aos pais e profissionais as informações e técnicas necessárias para começar a implementar o “Son-Rise” em suas casas ou clínicas.

 

O canal Discovery Home and Health mostrou a história de uma família que vive um drama incomum.

Moradores de Salt Lake City, John e Robin Kirton são pais de seis filhos. Todos diagnosticados com autismo. As crianças, com idades entre 3 e 14 anos, precisam de constante atenção e supervisão, o que torna impossível para os pais ter trabalhos que comprometam muitas horas do dia. Como consequência, a renda da família fica abaixo do esperado. Cada um dos filhos apresenta uma desordem diferente. A mais nova, Mary, de três anos, parece ter o tipo mais leve da doença, já Ammon, de quatro, tem o tipo mais severo. Sara, de seis, tem o tipo clássico e Nephi (9 anos), Emma (10 anos) e Bobby (14 anos) tem a síndrome de Asperger.

 

A síndrome de Asperger está relacionada ao autismo, diferenciando-se por não apresentar atraso ou retardo global no desenvolvimento cognitivo ou de linguagem. É considerada a “Síndrome do Gênio”, porque seus portadores costumam desenvolver habilidades incríveis. Suspeita-se, por exemplo, que, Albert Einstein, Isaac Newton, Mozart e Andy Warhol fossem portadores da síndrome, que apresenta características como:

 

Interesses específicos ou preocupações com um determinado tema em detrimento de outros;

Rituais ou comportamentos repetitivos;

Padrões de pensamento lógico/técnico extensivo.

 

O filme “Muito além do jardim” mostra a história de um homem que é portador da Síndrome de Asperger. Para eles não é possível, por exemplo, entender figuras de linguagem. Se você disser que vai chover canivetes eles irão acreditar e se esconder do “perigo”.

* Esta ferramenta não fornece aconselhamento médico. Destina-se apenas a fins informativos gerais, não pretende concluir nenhum diagnóstico e não aborda circunstâncias individuais. Não é um substituto do aconselhamento ou acompanhamento de profissionais da saúde. Alertamos que o diagnóstico e o tratamento não devem ser baseados neste site para tomar decisões sobre sua saúde. Jamais ignore o conselho médico profissional por algo que leu no www.saude.com.br. Se tiver uma emergência médica, ligue imediatamente para o seu médico.

Esta matéria pertence ao acervo do saude.com.br

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