Insônia Familiar Fatal: entenda esse distúrbio do sono que pode levar ao óbito
A expressão "morrer de sono" nunca foi tão real, a Insônia Familiar Fatal pode causar, inclusive, a morte
Todo mundo sabe a importância de uma noite bem dormida para o bom funcionamento da máquina humana. Às vezes, uma preocupação ou um estresse podem nos fazer perder o sono, mas imagine perder o sono para sempre, querer dormir e não conseguir. Pois essa doença existe: É a Insônia Familiar Fatal. Caracterizada pela diminuição progressiva do tempo total de sono, alterações autonômicas (como impotência sexual, febre, hipertensão, taquicardia, sudorese excessiva e salivação), alterações endocrinológicas (aumento do nível de colesterol, por exemplo), além de alterações motoras.
A doença é hereditária e caracteriza-se por mutações no gene da proteína do prião, que é uma proteína capaz de modificar outras. É uma partícula infecciosa puramente proteica, causadora de várias doenças como a síndrome da “vaca louca”. A Insônia Familiar Fatal foi descoberta em 1986, na Universidade de Bolonha, pelo grupo de Elio Lugarese, mas em 1973, uma mulher, de Treviso começa a perceber estranhos distúrbios que parecem ser de origem neurológica, tanto que os médicos chegam a falar em demência ou Alzheimer, sem chegar a um diagnóstico preciso. A mulher morreu um ano depois, aos 49 anos, pesando apenas 30Kg. O curioso foi que, cinco anos depois, sua irmã manifestou os mesmos sintomas e, um tempo depois, o irmão também apresentou a mesma doença.
Eletroencefalogramas mostram que um estado de vigília contínua, interrompida apenas por breves fases de sono REM. Era como se o organismo nunca recebesse um sinal “PARE” os estímulos e, com isso, superaquecesse até a exaustão. Nos últimos anos foram identificadas 27 famílias, no mundo todo, nas quais a doença se transmite de geração em geração. Sabe-se, também, qual gene está em sua origem e um teste permite identificá-lo, mas ainda não existe cura.
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