img

Animais de estimação estimulam o desenvolvimento infantil

Especialista explica quando presentear uma criança com um bichinho de estimação e relata os principais benefícios que eles podem proporcionar

É cada vez mais comum a convivência entre crianças e bichinhos de estimação nos lares brasileiros. Os mais solicitados acabam sendo os cães, gatos e pássaros, que, de acordo com especialistas, são os mais indicados, pois permitem um contato físico e harmonioso. "Conviver com um cãozinho, por exemplo, significa ajudar na formação e no comportamento das crianças. Elas aprendem que, em troca do carinho, terão uma companhia gostosa para brincar. Além disso, ter que auxiliar na criação, limpar a sujeira e fiscalizar as vacinas faz com que elas se sintam tutoras dos bichinhos, contribuindo para a formação do senso de responsabilidade", afirma o psiquiatra José Raimundo Lippi.

De acordo com o profissional, as tarefas domésticas e as exigências do animal mostram à criança que outros seres vivos precisam desses elementos para sobreviver. Estudos revelam a importância da convivência com os animais, uma vez que ajuda no desenvolvimento da sociabilidade e da autoestima das crianças. "A partir dos quatro anos, a criança já pode ganhar um animal de estimação e assumir, junto com o adulto, algumas das responsabilidades", acrescenta.

O médico observa que crianças muito novas – abaixo dos quatro anos - ainda não sabem diferenciar o seu brinquedo de pelúcia do animal doméstico, e podem pegá-lo de maneira desajeitada, machucá-lo, apertar demais, jogar para o alto ou mesmo agredi-lo para recriminar algo que o animalzinho tenha feito. Neste caso, os pais têm que estar sempre presentes, conversando com os filhos sobre como cuidar e lidar com o animal. "As crianças acima dos cinco anos já podem assumir maiores responsabilidades. Sob a orientação de um adulto, elas já conseguem levar o bichinho para passear, dar banho, comida, carinho e controlar as vacinas", observa o especialista.

Para adotar um bicho de estimação, os pais devem tomar alguns cuidados. "Deve-se optar pelos animais mais dóceis para conviver com crianças. Cabe aos pais acompanhar a relação entre o filho e o animal e ensinar os principais cuidados de higiene e convivência", alerta o psiquiatra.

Ter um animal de estimação, com certeza, vai ajudar o menino ou a menina a conviver também com outras pessoas. O simples fato de assumir certos cuidados, dar carinho, medicá-lo quando necessário e dividir um pedaço de pão favorece o desenvolvimento pessoal, o vínculo afetivo e a relação com os mais diversos sentimentos, desde a alegria e a frustração, até a morte. "É nesta relação entre a vida e a morte que o animal de estimação também tem um papel muito importante, pois a criança aprende a entender a vida, a importância da troca entre pessoas e a relação com a perda e a dor", explica e conclui Lippi.

* Esta ferramenta não fornece aconselhamento médico. Destina-se apenas a fins informativos gerais, não pretende concluir nenhum diagnóstico e não aborda circunstâncias individuais. Não é um substituto do aconselhamento ou acompanhamento de profissionais da saúde. Alertamos que o diagnóstico e o tratamento não devem ser baseados neste site para tomar decisões sobre sua saúde. Jamais ignore o conselho médico profissional por algo que leu no www.saude.com.br. Se tiver uma emergência médica, ligue imediatamente para o seu médico.

Esta matéria pertence ao acervo do saude.com.br

brand

Um infinito de informações: saúde, meio ambiente, inclusão social, qualidade de vida e mais...