“Turistas” em academia: um grande risco para a saúde
Conhecer até aonde o corpo pode ir é fundamental para não colocar a vida em risco. Por isso, é fundamental fazer uma avaliação médica, antes de iniciar a prática de esportes e atividades físicas regulare
Os chamados “turistas” em academias, ou seja, aqueles que vão ocasionalmente fazer exercícios físicos, não sabem o risco que correm. A prática regular de atividades físicas é uma aliada para a vida saudável, mas quando se torna ocasional pode se transformar em um enorme perigo e aumentar os riscos de problemas cardiovasculares.
No inverno, as pessoas tendem a ficar mais preguiçosas e, com isso, frequentam menos as salas de ginástica, aumentando os riscos. Estima-se que cerca de 40% dos frequentadores deixam as academias durante as estações frias.
“O ideal é que as pessoas não deixem de praticar exercícios físicos repentinamente, nem que voltem às atividades de uma hora para a outra”, alerta Eduardo Saad, especialista em arritmia cardíaca do Instituto Nacional de Cardiologia.
Além disso, o médico explica que há perigos escondidos nas aulas de spinning, running e até mesmo nas salas de musculação. “Estas aulas exigem um grande esforço cardiovascular, pois trabalham força e disposição, fazendo com que o coração acelere e desacelere a todo o momento. Por isso, deve-se começar aos poucos e respeitar os limites.”, alerta Dr. Saad.
As crianças também devem ser submetidas a avaliações
Matricular a criança em alguma atividade física é sempre saudável. Mas, todo o cuidado nunca é demais. Iniciar a prática de esportes de uma hora para outra, sem a realização de uma avaliação médica, pode acarretar riscos para os pequenos.
Dentre os incidentes, até o risco de morte súbita assola as crianças durante a realização de exercícios físicos. Segundo o especialista em arritmias cardíacas Eduardo Saad, do Instituto Nacional de Cardiologia e coordenador do Centro de Fibrilação Atrial do Hospital Pró-Cardíaco, o problema não envolve somente pessoas com idade mais avançada, como muitos acreditam.
“Antes de iniciar as atividades físicas a criança deve ser levada ao médico para consulta com exame clínico, avaliação histórico familiar e, em alguns casos, eletrocardiograma. A partir daí, é possível verificar se a criança possui alguma doença cardíaca não diagnosticada, prevenindo que o excesso de esforço físico se torne fatal para ela”, explica Saad. O médico acrescenta que se o exame de eletro indicar alguma anormalidade, a criança deve fazer um ecocardiograma e teste de esforço.
Além disso, o médico alerta que há alguns indícios que podem deixar os pais atentos, como a existência de um caso de pessoa jovem com problemas de coração na família, ou quando a criança desmaia sem um motivo aparente. “Esses casos podem ser sinais de problemas cardíacos que podem gerar consequências mais sérias enquanto um esporte é praticado mais intensamente. Algumas síndromes não diagnosticadas (miocardiopatia hipertrófica ou uma síndrome do QT Longo) podem ocasionar a morte súbita durante a realização do exercício físico” complementa. Conhecer até onde o corpo pode ir é fundamental para não colocar a vida em risco. “Em casos mais graves, a atividade é proibida. Contudo, a pessoa consegue levar uma vida normal”, finaliza Saad.
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