Animal de estimação: qual o mais adequado para cada estilo de vida?
Ter um bichinho de estimação não é tão simples como parece
As dificuldades podem ir além da escolha da ração ou do veterinário, influindo diretamente na vida cotidiana de uma família. É por este motivo que Claudia Pizzolatto, treinadora de cães e proprietária da Lord Cão (empresa especializada em comportamento canino) afirma que nem todas as pessoas estão aptas a terem animais. Além de requerer muito tempo disponível de seus donos, cada raça tem um tipo diferente de comportamento, o que exige um tratamento específico e muita dedicação, principalmente nos seis primeiros meses.
Segundo Claudia, o ritmo acelerado da vida urbana tem feito com que as pessoas procurem os animais por motivos errados. Os solteiros e os jovens casais, por exemplo, querem nos pets uma companhia, mas geralmente têm uma vida social muito ativa ou trabalham muito, o que faz com que o animal passe a maior parte do tempo sozinho. Já os pais que dão um animal de presente para o filho esperam que a criança assuma a responsabilidade de cuidar do pet, o que muitas vezes acaba não acontecendo.
Para solucionar este problema, que muitas vezes termina com animais abandonados nas ruas, na hora de adotar um pet é fundamental analisar qual o mais compatível com cada estilo de vida. Para uma pessoa idosa, por exemplo, o ideal é um cão calmo de pequeno porte, como o Lhasa ou o Shih Tzu. Além de ser uma ocupação e uma distração, os cachorros oferecem a motivação para uma caminhada diária e a possibilidade de um maior número de visitas dos filhos e netos, contribuindo para a saúde física e mental de seus donos.
Para quem tem criança em casa a escolha é mais difícil. A especialista aconselha que o cachorro ideal deve ser pequeno e forte, como o Pug, ou então grande e calmo, como o Golden Retriever e o Pastor de Shetland. Os cães de grande porte e os de caça são mais adequados às pessoas que gostam de atividades externas, porque devem ser exercitados com frequência. Já aqueles que desejam ter cães obedientes serão mais bem atendidos por um Poodle, Golden Retriever, Pastor Alemão ou Rottweiler, além de alguns Labradores. É importante destacar que nem sempre os cães inteligentes são obedientes, porque estão sempre buscando desafios, novidades e agitos, deixando muitas vezes de obedecer a seus donos. É o caso do Border Collie e do Jack Russel Terrier, que se adaptam melhor a donos que estejam dispostos a exercitar seu lado intelectual.
Para a veterinária Cristina Lamounier, do Pet Market, ter um gato é a solução ideal para quem gosta de animais e não tem muito tempo disponível. Segundo Cristina, o gato é muito prático porque precisa de menos espaço para se exercitar, pode alimentar-se sozinho (basta que o dono deixe a ração seca na tigela pelo tempo que for necessário ficar fora de casa) e aprende fácil e intuitivamente onde deve fazer as necessidades biológicas. As raças mais peludas, como Persa e Angorá, podem ser muito agradáveis para os idosos, porque são silenciosos e a escovação do pêlo representa uma distração diária. Para as crianças, os gatos não representam nenhum risco, desde que se mantenham alguns hábitos básicos de higiene e visitas periódicas ao veterinário.
Seguindo estas dicas, a maioria das pessoas (com exceção obviamente de quem não gosta de animais ou é alérgico a eles) estará apta a ter seu animal sem maiores problemas. A escolha certa de um pet é fundamental para garantir o bem estar tanto dos donos quanto do animal, possibilitando um convívio muito mais agradável entre os membros da família.
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