A responsabilidade é o primeiro fator a ser levado em consideração quando se busca adotar um animal de estimação
Ter um animal de estimação pode ser uma das coisas mais prazerosas da vida, porém, para que o seu melhor amigo fique em segurança, essa ação de adota-lo deve ser pensada com responsabilidade
Cerca de 50 filhotes e adultos são deixados por pessoas de todas as classes sociais no portão da Sociedade União Internacional Protetora dos Animais (SUIPA), no Rio de Janeiro. Pessoas abandonam seus animais idosos porque dão muito trabalho, filhotes que nascem em casa, os cães que latem, que roem a mobília e os gatos que arranham, entre outros motivos.
- Já tivemos casos de pessoas que abandonaram o animal no cemitério por acreditar que este "estava possuído" - revelou Luciano Boiteux, voluntário da SUIPA.
Luciano disse que os animais oriundos das ruas apresentam subnutrição, verminose, sarna e traumas (atropelamento, chutes e mordidas). Eles são tratados, alimentados, esterilizados e encaminhados para os abrigos, até serem adotados. Alguns abrigos utilizam a eutanásia como método de controle do número de animais. Para diminuir a superpopulação de rua é preciso que mais pessoas se interessem em adotá-los.
O veterinário especialista em neurologia e neurocirurgia, Dr Ragnar, acredita que um dos fatores que leva ao abandono seja a falta de responsabilidade do dono, que só pensa nos aspectos positivos.
- Adotar ou comprar um cão é assumir um compromisso para os próximos 10, 15 anos - afirmou.
Deve ser abordado o lado negativo, como: responsabilidade, mudança de planos em função do animal, problemas para quem mora em apartamento, vizinhança e situação econômica. Segundo o Dr Ragnar, os benefícios que um animal de estimação pode trazer para uma família são a união da mesma em torno de um tema, inclusive na hora da doença, a noção de respeito ao próximo e de responsabilidade especialmente para os filhos.
- A decisão de ter um bicho de estimação tem que ser pensada. É um presente que não deve ser dado - acrescentou o veterinário.
Antes de adotar ou comprar um bicho é preciso saber se todos em casa estão de acordo, se há espaço suficiente para o animal, se a família pode custear a alimentação e os cuidados veterinários, se vai ter tempo disponível para dedicar-lhe atenção diária, se vai cuidar do animal mesmo idoso, e se, caso queira viajar, terá alguém que possa ficar com ele.
Animais perdidos
Os cães e gatos desaparecidos que fugiram ou se perderam dos donos podem ser capturados e devolvidos se possuírem uma identificação, como medalhas e coleiras gravadas. No entanto, esses itens podem ser facilmente perdidos ou até mesmo removidos por má fé. Atualmente utiliza-se o microchip, um sistema de identificação permanente do tamanho de um grão de arroz. O microchip é implantado sob a pele do cão ou gato e o animal ficará cadastrado num banco de dados, com validade de 25 anos ou mais.
Um animal abandonado é, muitas vezes, vítima de atropelamentos, brigas e maus tratos. Ele depende exclusivamente de seu instinto e inteligência para sobreviver. A maioria não resiste à fome, frio, aos motoristas apressados e à maldade dos seres chamados "racionais".
Geralmente quem socorre não quer se responsabilizar pelos custos médicos, deixando nas mãos do veterinário tal função. Antes de tomar uma atitude, vale lembrar o que o Dr Ragnar ressaltou: o convívio saudável com o bicho de estimação em família dá lições de respeito, amizade e, principalmente, responsabilidade.
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