Alzheimer

Descrição

É a deterioração progressiva das funções mentais, em decorrência das mudanças sofridas pelo tecido cerebral e independente dos problemas vasculares que possam gerar transtornos na irrigação. Ocorre uma atrofia nos tecidos do cérebro e um alongamento dos ventrículos cerebrais.

Causas

Diversos fatores possuem um papel importante para o desenvolvimento da doença de Alzheimer. Existem os fatores neuroquímicos, com a deficiência de substâncias utilizadas para a transmissão do impulso nervoso entre os neurônios (neurotransmissores), tais como a acetilcolina, somatostatina, substância P e noradrenalina. Há também os fatores infecciosos, com infecções cerebrais e de medula espinhal e os fatores ambientais, envolvendo a exposição ao alumínio, manganês e outras substâncias. Além disso, os fatores hereditários e genéticos também podem influenciar para o seu desenvolvimento. Pesquisas comprovam que, em famílias com vários membros afetados pela doença, foi identificada uma variação genética comum no gene que produz apolipoproteína E4, e afirma-se que a presença desse gene aumenta as possibilidades de surgimento da doença.

Sintomas

Os principais sintomas são a deterioração da memória e a progressiva perda das funções intelectuais. Podem existir, também, alterações do humor, exacerbação de certas características da personalidade e alterações na linguagem. Apresenta-se apraxia, que é a incapacidade de realizar movimentos voluntários e de usar objetos de maneira adequada. Surgem dificuldades para a realização de movimentos sequenciais que requeiram de habilidades aprendidas previamente, falta de atenção, transtornos nas fases do sono (apneia do sono), tendência a divagar, perdas parciais das noções do tempo e lugar, dificuldade para nomear objetos e para usar conceitos abstratos, tais como cifras.

Diagnóstico

O diagnóstico geralmente é feito estudando a progressão dos sintomas e descartando outras possíveis causas de demência. O exame neuromuscular permite avaliar se a pessoa pode realizar movimentos coordenados básicos em atividades, tais como comer ou se vestir. Também são estudados os reflexos, a capacidade para a linguagem e o cálculo. Realizam-se estudos psicológicos, testes de sensações e de funções cognitivas. Em tomografias computadorizadas de cabeça, é possível evidenciar a atrofia dos lóbulos frontal ou temporal do cérebro.

Tratamento

Pelo fato de não existir uma cura específica, o tratamento procura aliviar os sintomas e proteger o doente dos efeitos produzidos pela sua deterioração. Para controlar comportamentos agressivos ou perigosos, podem ser administradas doses muito reduzidas de antipsicóticos, drogas que afetam a serotonina e estimulantes colinérgicos (como a tacrina). É necessário o controle permanente do doente, para poder controlar os seus comportamentos alterados ou agressivos. Na fase inicial da doença, são úteis os lembretes, listas de rotinas e notas das atividades diárias.

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