É uma inflamação do tendão que conecta os músculos da panturrilha ao calcanhar. A tendinite do Aquiles é resultado de lesão ou pequenas lacerações das fibras do tendão. Existem dois tipos: tendinite de inserção, que ocorre no local onde o tendão se insere nos ossos do calcanhar; e tendinite não insercional, na qual ocorre acima da inserção do tendão.
A causa mais comum de tendinite é por esforços abusivos da musculatura. Frequentemente, ocorre devido ao aumento da intensidade e da frequência de treinamentos e de corridas, tanto de longa distância como de alta velocidade. Um tênis que provoca intenso atrito no tendão de Aquiles pode irritá-lo.
A tendinite do Aquiles normalmente causa dor local, fraca no início e que depois vai piorando, podendo se tornar extremamente forte e restringir os movimentos. Os sintomas mais comuns são: a pessoa começa a mancar; tem dificuldade para correr, andar e pular; aumento da sensibilidade local; dor devido a movimentação do tornozelo; dores nos dedos do pé acometido; e, nos casos de tendinite não insercional, pode haver edema local. Exercícios podem tanto melhorar como piorar o quadro.
O diagnóstico é feito pelo médico com base nos sinais e sintomas já citados. O raio X não apresenta alteração, a não ser que haja calcificações no tendão ou esporão nos ossos do calcanhar onde o tendão se insere.
A tendinite do Aquiles requer mudanças de atitudes em relação à prática de exercícios físicos. Fazer alongamento antes do esporte e usar gelo no local afetado ajuda nos casos mais leves. Em casos mais intensos, podem ser utilizados os anti-inflamatórios não hormonais (AINH), palmilhas ortopédicas e tornozeleiras. A fisioterapia, com alongamentos e exercícios para fortalecimento da musculatura, é um importante auxiliar no tratamento. Massagem, contraste térmico e ultrassom também podem ajudar. Raramente, é necessário a colocação de talas e realização de cirurgia, que só é indicada em casos de ruptura do tendão ou presença de esporões que devem ser raspados. O corticoide não é muito usado devido ao fato de aumentar o risco de ruptura do tendão. Após o tratamento, a pessoa está apta a voltar à vida normal. Contudo, se não for feito um tratamento adequado, pode ocorrer a ruptura do tendão.