Doença celíaca

Descrição

É a doença caracterizada pela reação crônica diante da presença de certas cadeias de proteínas, conhecidas com o nome de glúten, presente nos grãos de determinados cereais: trigo, aveia, centeio, cevada e outros. A reação destrói a vilosidade do intestino delgado e produz a má absorção dos nutrientes.

Causas

Existem evidências claras de uma predisposição genética para a doença, que acomete ambos os sexos e pode ser ativada a qualquer idade. Em 90% dos celíacos, aparecem dois marcadores genéticos específicos que predispõem à doença, que pode aparecer também por motivos ambientais, estresse, gravidez, infecções virais, etc.

Sintomas

Apresentam-se sintomas característicos de má absorção de nutrientes: osteoporose e dor nos ossos, anemia, defeito no esmalte dos dentes, doenças do sistema nervoso periférico (sensação de formigamento nas extremidades), problemas na coagulação (tendência a hematomas), doenças pancreáticas, hemorragias internas, problemas no fígado, baço ou bexiga e distúrbios ginecológicos, tais como amenorreia ou abortos espontâneos. Às vezes, nas crianças, os sintomas não são muito evidentes e são interpretados como distúrbios intestinais leves. Entretanto, quando o crescimento para e existe distensão abdominal junto com fezes claras e de forte odor, deve-se pesquisar a existência dessa doença.

Diagnóstico

Antigamente, o diagnóstico era obtido por um processo em três fases, que se iniciava com uma biópsia do intestino delgado. Quando o paciente apresentava alterações nas vilosidades, era submetido a uma dieta isenta de glúten durante seis meses, após os quais a biópsia de intestino delgado era repetida. Quando as alterações das vilosidades melhoravam, o paciente prosseguia com a dieta por um novo período de seis meses; transcorrido esse prazo, uma terceira biópsia era feita. Atualmente, existem exames de detecção de anticorpos especiais, que tornam desnecessárias a segunda e a terceira biópsias.

Tratamento

Esta doença não tem cura e nem existem medicamentos que a aliviem, mas os doentes podem levar uma vida normal, com uma dieta isenta de glúten, ou seja, evitando os produtos derivados de trigo, aveia, centeio, cevada e outros grãos menos conhecidos.

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