Descrição

O transtorno obsessivo-compulsivo é um tipo de distúrbio mental que apresenta imagens, ideias e impulsos recorrentes, invasores, não desejados, amedrontadores, junto com a urgência ou compulsão à ação que elimine o mal-estar produzido pelas obsessões existentes na pessoa.

Causas

A ciência ainda não consegue identificar as verdadeiras causas do TOC. Contudo, acredita-se que ele é produzido pela união de diversos fatores, como os de natureza biológica (envolvendo a predisposição genética), as alterações funcionais e as da neuroquímica cerebrais, além dos fatores psicológicos.

Sintomas

Entre as pessoas acometidas por esse distúrbio, aparecem temas recorrentes, tais como o perigo, o dano, o risco, a incerteza, a perda, a agressividade ou a sujeira. Essas pessoas recorrem a determinados rituais, que repetem uma e outra vez, para lutarem contra a obsessão: lavagens contra contaminações, verificar reiteradas vezes alguma coisa para comprovarem a sua presença ou que não existe perigo algum, cálculos repetitivos e afirmações que confirmem alguma coisa. Esses rituais não se encontram necessariamente relacionados diretamente com a obsessão que aliviam. Um ato casual pode ter aliviado certo medo da pessoa; portanto, repetirá esse gesto cada vez que sinta que está em risco. Essas pessoas são cônscias do fato de que o seu comportamento é excessivo com relação ao risco real, e que não é lógico para o resto das pessoas; por conseguinte, realizam os seus rituais na intimidade, evitando a vergonha de serem vistas.

Diagnóstico

Aproximadamente 2,3% da população adulta sofrem transtornos obsessivos-compulsivos, sendo idêntica a proporção de homens e mulheres. O médico, geralmente um psiquiatra ou psicólogo, diagnostica o TOC com base nos seguintes sintomas: a presença de obsessões, de compulsões ou de ambas. Um dos quesitos que as compulsões ou obsessões precisam ter para o diagnóstico do TOC é causar uma angústia significativa ou interferir na vida, nas relações (pessoais ou profissionais) e na capacidade funcional da pessoa.

Tratamento

Esse tipo de distúrbio geralmente não diminui com a psicoterapia. Considera-se que o tratamento melhor sucedido é a terapia do comportamento, acompanhada pela prescrição de fármacos antidepressivos, como clomipramina, fluvoxamina, fluoxetina, paroxetina e sertralina. A terapia do comportamento é uma terapia na qual o paciente é enfrentado àquelas pessoas ou fatos diante dos quais surgem as obsessões, e tornam-se necessários os rituais. Procura-se que a pessoa supere a situação de desconforto sem percorrer o ritual. Esse exercício repete-se até que o paciente aprenda a utilizar o método para sair dos estados de ansiedade que a obsessão produz.