Desnutrição

Descrição

É um estado nutricional anormal, produzido pela ingestão deficiente de nutrientes, segundo as necessidades fisiológicas. Na má nutrição primária, a causa desse quadro está relacionada com a deficiente ingestão de alimentos e o meio ambiente (biológico, social e econômico) e não por doenças próprias do organismo; por conseguinte, acomete grupos sociais e comunidades, e não só indivíduos isolados. Durante certas fases da vida, o corpo requer maior quantidade de nutrientes: na infância, na adolescência e durante a gravidez e a amamentação.

Causas

Os fatores que determinam a disponibilidade, o consumo e a utilização dos alimentos podem influenciar na baixa ingestão de certos nutrientes. As alterações na absorção intestinal também podem produzir casos de desnutrição, apesar de serem ingeridos nutrientes em quantidade adequada. Outra alteração, de caráter individual, pode ser o uso exagerado de certo nutriente ou a excessiva eliminação, como acontece com a perda de altos teores de ferro durante longos períodos menstruais.

Sintomas

Os sintomas dependem do nutriente deficiente. A má nutrição calórico-proteica (ou marasmo) durante a infância afeta o amadurecimento do sistema nervoso central. As suas consequências manifestam-se em retardo no desenvolvimento mental, na capacidade motora e no aprendizado. As deficiências de vitaminas e minerais produzem múltiplas manifestações. Quando a quantidade de proteína ingerida não é suficiente ou quando a mesma não possui alto valor biológico, o crescimento fica alterado e o rendimento energético dos alimentos diminui. A má nutrição proteica produz alteração da mucosa epitelial do intestino que, por sua vez, prejudica a produção de enzimas intestinais e, finalmente, afeta o processo de digestão de carboidratos e de absorção de lipídios. Os hidratos de carbono não possuem a propriedade de reter água e eletrólitos: as dietas que não fornecem as quantidades suficientes desses nutrientes produzem perda de água, de sódio e de potássio, causando fadiga e perda de peso.

Diagnóstico

Existem diversos estudos para avaliar o estado nutricional, que são complementados com exame clínico e também laboratorial de sangue e urina. O cálculo da divisão do peso (em quilogramas) do paciente pelo quadrado da altura (em metros) determina o índice de massa corporal, considerado normal quando está na faixa de 20 a 25. Também devem ser avaliados a densidade óssea e os possíveis problemas gastrointestinais.

Tratamento

Depois de ter sido determinada a deficiência, deve-se aumentar a ingestão dos nutrientes necessários. Se a pessoa estiver realizando alguma dieta hipocalórica, ela deve ser descontinuada. A dependência do álcool ou de entorpecentes leva a um estilo de vida no qual a alimentação não adquire importância, decorrendo desse fato uma alteração grave.

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