Descrição

O nome câncer abrange um vasto conjunto de doenças, caracterizadas por apresentarem um grupo de células que crescem sem controle algum. Geralmente, as células cumprem um ciclo de vida previsível, com células envelhecidas que morrem e outras novas que ocupam o seu lugar. Mas, em certos casos, multiplicam-se sem controle, formando tumores. Um tumor benigno não se propaga por outras regiões do corpo, mas, quando isto acontece, esse tumor primário é considerado canceroso ou maligno. A próstata é uma glândula fibromuscular situada por baixo da bexiga urinária e ao redor da uretra, que produz um fluido leitoso que faz parte do sêmen. O desenvolvimento do câncer de próstata é muito frequente depois dos 70 anos de idade. Entretanto, pode ser de crescimento lento e - em geral - apresentar poucos sintomas. Porém, existem formas mais agressivas que causam comprometimento das vesículas seminais ou dos gânglios linfáticos.

Causas

O câncer precisa de vários anos para se desenvolver. O processo geralmente se inicia com uma alteração das células que pode ser causada por diversos fatores: tipo de dieta, tabagismo, exposição ao sol, certas substâncias, radiações, etc. Não se conhece a causa exata do câncer de próstata.

Sintomas

Quando o tumor adquiriu o desenvolvimento suficiente, pode gerar uma obstrução mecânica no fluxo de urina por estreitamento da uretra. A pessoa geralmente sente que a micção foi incompleta, aumentando - por conseguinte - a frequência das micções. Quando a bexiga não se esvazia de maneira adequada, a urina fica retida e existe maior tendência a infecções urinárias ou cálculos. Nas fases mais avançadas do câncer, pode existir retenção urinária ou hematúria (eliminação de sangue na urina).

Diagnóstico

O diagnóstico é realizado por exame médico, que inclui o toque retal e a análise do sangue. No caso de um tumor ser detectado, realiza-se uma biópsia e testes bioquímicos para avaliar a sua agressividade.

Tratamento

Em pacientes com tumores limitados à próstata e mais de dez anos de expectativa de vida, recomenda-se a prostatectomia radical, que envolve a ablação da próstata, das vesículas seminais e, em certos casos, dos gânglios linfáticos. Seguem-se cursos de radioterapia, aplicada através de fontes externas ou implantando materiais radiativos na própria próstata. Outro tipo de tratamento baseia-se na relação entre os níveis de testosterona (hormônio sexual masculino) e o ritmo de crescimento do tumor: são administrados fármacos que interferem na ação da testosterona para controlar o crescimento do tumor.