Hepatite C

Descrição

É uma infecção do fígado causada pela exposição ao sangue infectado com vírus de hepatite C. O fígado é um órgão abdominal com diversas funções. Algumas delas incluem filtração de sangue, digestão, produção e liberação de bile, metabolismo de lipídeos e glicose, e produção de proteínas. Todas essas funções podem ser afetadas pela hepatite. O vírus da hepatite C é transmitido através de sangue contaminado. Acredita-se que a transmissão também possa ocorrer na relação sexual. O método mais comum de transmissão é através de picadas na pele ou contato com sangue infectado. O vírus sofre mutação constantemente. Por causa disso, ele pode escapar do sistema imune do organismo. Essa é a razão pela qual ele é a principal causa de doença hepática crônica.

Causas

Os principais fatores de risco para adquirir esta doença são: uso de droga intravenosa; profissionais de saúde, incluindo dentistas; e transfusão sanguínea prévia, antes dos testes para identificar vírus de hepatite C serem obrigatórias no banco de sangue. A transmissão por via sexual é incerta, mas parece existir uma pequena chance de também transmitir pelo ato sexual.

Sintomas

A hepatite C pode ser tanto aguda como crônica. O período de incubação varia de 6 a 12 semanas após a infecção. A maioria das pessoas infectadas não possuem sinais ou sintomas da doença. Contudo, as pessoas podem desenvolver sintomas moderados de náusea, perda de apetite, perda de peso, fadiga e icterícia. Esses sintomas costumam desaparecer. A maioria das pessoas com hepatite C crônica não apresentam nenhum sintoma, exceto fadiga. O principal problema da doença ocorre mais tarde, podendo ser de vários anos a várias décadas depois. A insuficiência hepática relacionada à cirrose é a principal consequência da doença. Se a hepatite C estiver associada à hepatite B, sintomas de doença hepática crônica são mais proeminentes.

Diagnóstico

Os sintomas de hepatite C não são diferentes das outras formas de hepatite. Icterícia pode ocorrer em 1/3 dos pacientes e os sintomas desaparecem em 1 a 3 meses. Ela pode ser diagnosticada através do aumento do nível de enzimas hepáticas no sangue. Os anticorpos específicos só podem ser detectados depois de semanas. A maioria das pessoas descobrem o diagnóstico na doação de sangue, quando eles já apresentam hepatite crônica, porém sem a presença dos sintomas. Algumas pessoas possuem quadro de hepatite mais grave que os outros, que só pode ser determinado pela biópsia hepática. Um fígado aumentado e duro, esplenomegalia (aumento de baço) ou sinais de doença hepática crônica ajudam no diagnóstico.

Tratamento

O tratamento mais efetivo é a prevenção. A hepatite C aguda pode responder a interferon alfa, mas, como a maioria dos pacientes não apresentam sintomas na hepatite C aguda, ela não é muito usada. O tratamento da hepatite C crônica visa prevenir a sua progressão. A resposta pode ocorrer rapidamente, como demonstrada pelos níveis de enzimas hepáticas. Vários fatores influenciam no sucesso de interferon alfa, tais como: a gravidade do quadro, a quantidade de vírus presente no organismo, a ausência de cirrose e o sexo feminino. O tratamento pode levar anos. O organismo pode não responder completamente ao tratamento ou a eficiência do interferon pode diminuir com o passar do tempo. Durante e após o tratamento, o paciente é acompanhado para saber de sua eficácia. Porém, algumas vezes os efeitos colaterais impedem a continuidade do tratamento. Os pacientes podem ter a reativação do vírus após o tratamento.

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