Isquemia cerebral transitória

Descrição

É um déficit neurológico causado pela diminuição de suprimento sanguíneo para a área do cérebro. Pode acontecer dentro de um período de 24 horas, mas as isquemias típicas frequentemente ocorrem em menos de 30 minutos. O derrame cerebral ou o aumento da isquemia é uma condição de piora clínica, que usualmente acontecem cerca de 18 a 24 horas após o episódio. As isquemias cerebrais transitórias ocorrem antes do derrame cerebral e devem ser tratadas seriamente. Podem ser causadas pelo baixo fluxo sanguíneo em que vasos da circulação sanguínea não estão distribuindo o sangue regularmente, ou pela presença de pequenos depósitos de coágulos nos vasos sanguíneos, impedindo a irrigação adequada do cérebro. Pode haver também espasmos dos vasos sanguíneos, causando uma diminuição, num curto período de tempo, da circulação do sangue e do oxigênio para áreas particulares do cérebro.

Causas

As causas das isquemias cerebrais transitórias estão relacionadas com o baixo fluxo sanguíneo e a diminuição da oxigenação para o cérebro. Um dos maiores riscos da isquemia transitória é que, em alguns casos, precede o derrame cerebral completo, no qual os déficits se prolongam por mais de 24 horas e podem se tornar permanentes. É mais comum de acontecer em pessoas com diagnóstico de diabetes, aterosclerose e anemia falciforme.

Sintomas

Dependendo da distribuição dos vasos sanguíneos envolvidos com o cérebro, os sintomas variam bastante. A isquemia pode acontecer também sem sintomas. Pode haver hemiparesia contralateral ou limitação do lado oposto do corpo em relação à área do cérebro que sofreu a isquemia. A isquemia pode causar prejuízo na visão, visão limitada, déficits cognitivos e da linguagem, tais como distúrbio da fala, e, algumas vezes, negligência de um lado do corpo (uma condição na qual uma pessoa descuida de uma das partes do corpo, por exemplo: no banho, a pessoa lava apenas parte de seu corpo, coloca somente uma meia, etc.). Sintomas e sinais da isquemia cerebral também podem contar com a diminuição da coordenação muscular, repetição de certos movimentos, incontinência urinária ou outros problemas de visão. Dificuldade para leitura, inabilidade para lembrar o nome dos objetos, náuseas, vômitos e distúrbios para caminhar também podem ser sintomas da isquemia.

Diagnóstico

A isquemia cerebral pode acontecer a qualquer momento, inclusive durante o sono ou a prática de exercícios físicos. Seu diagnóstico é feito com base nos exames de imagem, como ressonância magnética nuclear com imagens por difusão e tomografia computadorizada. Além disso, também é necessário um exame neurológico completo.

Tratamento

As isquemias são tratadas com medicamentos, e não com cirurgia. Contudo, se a isquemia está relacionada a uma obstrução das artérias carótidas (no pescoço), que alimentam o cérebro com oxigênio, é necessário uma cirurgia específica para abrir, ou seja, desobstruir a carótida, e permitir a irrigação sanguínea da parte do cérebro atingida. Esse procedimento é efetivo para o tratamento e prevenção de um derrame cerebral. O tratamento da isquemia aguda ou crônica é controverso e as decisões devem ser tomadas levando-se em consideração as condições do paciente e a esperança de vida. Isto pode envolver considerações do risco das terapias versus benefícios a longo prazo. A estase venosa das extremidades inferiores podem ser prevenidas com o uso de meias elásticas. Baixas doses de heparina podem ser usadas temporariamente para prevenir a formação de coágulos nos vasos sanguíneos que suprem o cérebro. As medicações preventivas mais usadas são os anticoagulantes, e um dos mais usados na prática médica é a aspirina - de baixo custo e comprovadamente eficaz. Durante a isquemia, deve-se evitar diminuir rapidamente a pressão arterial nos pacientes hipertensos. Níveis ótimos de pressão arterial, nesses casos, são controversos. Ficar no leito é usualmente recomendado durante e imediatamente após o episódio da isquemia cerebral transitória ou derrame cerebral para prevenir maiores mudanças na pressão arterial. Dependendo da causa da isquemia, terapia de longo prazo com medicamentos antitrombóticos, como a warfarina, podem ser úteis.

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