A infertilidade é definida como a incapacidade de engravidar após um ano de tentativa. Aproximadamente 15% dos casais são inférteis. Um caso que nunca experimentou o sucesso da concepção é considerado que tenha infertilidade primária. Um caso que tenha dificuldade de conceder uma criança, mas que já tem um filho, é chamado de infertilidade secundária. Alguns eventos devem ocorrer na mulher para que a concepção ocorra, que são: ovulação ou liberação do ovo do ovário no dia da ovulação, que geralmente ocorre no 14 dia após o primeiro dia da menstruação. Deve ocorrer a fertilização do óvulo, quando o espermatozoide masculino penetra no óvulo feminino. Deve ocorrer a implantação do ovo e sua fertilização, finalizando na sua chegada no útero. A dificuldade de engravidar pode ocorrer por defeitos em qualquer um destes acontecimentos citados acima. É estimado que 30% é devido a infertilidade da mulher, 30% devido a fatores masculinos e 40% combinação dos dois.
As causas são várias. O risco está aumentado em casos de: presença de endometriose, doença pélvica inflamatória na mulher, doenças sexualmente transmissíveis, parceiros sexuais múltiplos, uso de drogas, ovário policístico, menstruação irregular ou ausência de menstruação, uso de DIU, gravidez ectópica, uma ou mais perda de bebês antes do seu nascimento e distúrbios crônicos, como a diabetes.
Os sintomas mais comuns são: incapacidade de engravidar da mulher, história de abortos (espontâneos ou não), gravidez ectópica (onde ocorre a implantação do ovo em local que não o útero) e reações emocionais devido a incapacidade de engravidar.
É necessário uma história completa de ambos os parceiros. Isto deve ser feito por um especialista que fará testes especiais com ambos os parceiros. Os testes incluem: avaliação dos órgãos reprodutores femininos, seu ciclo, hormônios, avaliação da qualidade e quantidade do sêmen do homem, entre outros.
O tratamento depende da causa da infertilidade. Sem o tratamento, apenas cerca de 15 a 20% dos casais conseguirão conceber. Os tratamentos podem ser: educação sobre a melhor hora para a concepção, uso de antibióticos contra infecções, drogas que causam ovulação, fertilização in vitro (fertilização do ovo fora do corpo e introdução deste ovo fecundado no útero da mãe ou de uma terceira pessoa), entre outros. Cerca de 80 a 85% dos casais tratados conseguem conceber um bebê com um ano de tratamento. Mulheres com mais de 35 anos não devem postergar o tratamento. Caso não consiga engravidar, o casal deve optar por métodos que a tecnologia reprodutiva oferece.