Menopausa / Climatério

Descrição

Os termos médicos relacionados às fases reprodutivas da mulher são, muitas vezes, confundidos e a denominação “menopausa” tem sido usada para se referir a situações diversas, como climatério ou senectude. A fase reprodutiva da vida de uma mulher (menacme) se inicia quando ocorre a primeira menstruação (menarca) e termina quando os ovários começam a parar de eliminar óvulos e se tornam incapazes de manter os níveis habituais de estrógenos e progesterona (hormônios femininos) e de andrógenos (hormônios masculinos), em um período chamado de climatério. A menopausa é a interrupção dos ciclos menstruais que ocorre no meio do climatério. O período da vida feminina que se segue ao climatério é chamado de senectude. Tanto a fase de climatério como a senectude têm sido sucessivamente chamadas (principalmente em publicações para leigos) de menopausa, apesar de que, a rigor, uma mulher não “está na menopausa”, e sim teve sua menopausa e está no climatério ou na senectude. A menopausa prematura é definida como menopausa natural, que acontece antes da idade de 40 anos e acomete menos de 5% das mulheres. A menopausa cirúrgica, chamada menopausa iatrogênica, é a remoção dos ovários de uma mulher durante uma histerectomia (retirada cirúrgica do útero), o que causa uma diminuição imediata dos níveis de estrógeno.

Causas

O climatério, a menopausa e suas repercussões orgânicas são fenômenos naturais do envelhecimento do corpo feminino que podem trazer consequências pela insuficiente produção de estrógeno: risco aumentado de doença de coração, por exemplo, ataque cardíaco (ou infarto do miocárdio); risco aumentado de doença cardiovascular, por exemplo, colesterol alto, pressão alta ou angina; risco aumentado de osteoporose e fraturas; e risco aumentado de atrofia vaginal.

Sintomas

A transição pelo climatério e pela menopausa é diferente para cada mulher. Algumas mulheres não têm sintomas ou dificuldades, enquanto outras têm problemas múltiplos que interrompem suas vidas. Os sintomas de climatério podem incluir: ciclos menstruais irregulares, manchas de sangue no lugar de menstruações ou ausência de ciclos; “calores” (fogachos); suores noturnos; dificuldade para dormir, privação de sono crônica e insônia; depressão; oscilações de humor; desordens de pânico; palpitações ou mudanças na frequência cardíaca; sensações estranhas ou dor nas articulações; vagina seca e irritada; dor na relação sexual; interesse diminuído pela atividade sexual (diminuição da libido); pressão alta ou níveis de colesterol altos; e irritabilidade.

Diagnóstico

Uma mulher é considerada na fase pós-menopausa se ela não teve nenhum ciclo menstrual durante 1 ano e tem 45 anos ou mais. A mulher pode continuar tendo perdas de sangue não relacionadas à ovulação, e sim ao fato do útero não mais poder controlar a descamação do seu revestimento (o endométrio). Para uma mulher que continua tendo “ciclos" mas tem sintomas do climatério, como fogachos, sudorese noturna e oscilações de humor, devem ser realizados testes hormonais. Os testes incluem: níveis de estradiol no soro; níveis do hormônio folículo-estimulante (FSH) - hormônio produzido pela glândula pituitária; e testes de função da tireoide. Baixos níveis de estradiol acompanhados por níveis de hormônio folículo-estimulantes altos indicam o diagnóstico laboratorial de menopausa. Começar ou não a terapia de reposição hormonal é algo a ser discutido com um médico.

Tratamento

Muitas mulheres podem não ter sintomas sérios o bastante para exigir o início da terapia de reposição hormonal, mas os sintomas não são a única razão para se considerar terapia. Por causa das complicações sérias, embora evitáveis, de osteoporose e doenças do coração, a maioria das mulheres deveria considerar, junto com os profissionais de saúde, a necessidade de realizar reposição hormonal. Há muitos fatores a se considerar com respeito à terapia de reposição hormonal: a capacidade da mulher para tolerar o uso de hormônios orais, suas preferências e as sugestões do seu médico. Atualmente, a terapia de reposição hormonal pode ser oferecida por pílulas, adesivos (patches), creme vaginal, anéis vaginais e, de uso mais raro, injeções intramusculares. A maioria das mulheres que não foi submetida a histerectomia receberá estrógeno e progesterona. A quantidade necessária para prevenir os sintomas varia de mulher para mulher e pode necessitar de ajuste com o passar do tempo. Depois que a terapia de reposição hormonal é iniciada, o médico seguirá em frente monitorando a pressão sanguínea e os níveis de lipídeos, para determinar se a mulher sob tratamento é uma das que podem desenvolver pressão alta ou triglicerídeo alto diante da terapia de reposição hormonal. Também é importante verificar se a dose está aliviando os sintomas sem efeitos colaterais. A dose e o tipo de medicação podem ser variados, caso necessário.

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