Anorexia nervosa

Descrição

É um transtorno da alimentação no qual existe alteração da imagem corporal, que produz um medo obsessivo de engordar e a decorrente redução na ingestão de alimentos.

Causas

A anorexia nervosa é uma síndrome psiquiátrica complexa. As suas manifestações clínicas são produzidas pela união de múltiplos fatores de predisposição e ativadores, bem como pela interação dos mesmos com a capacidade apresentada pelo indivíduo para enfrentar as exigências decorrentes de determinada situação. Quando consideramos essa doença como um processo, identificamos a existência de uma interação permanente entre o indivíduo e o seu mundo exterior, com os seus sintomas e suas tentativas para enfrentá-los. Diversas teorias coincidem em afirmar que um dos fatores fundamentais decorre das dificuldades exibidas pelo doente para agir com autonomia, para estabelecer a sua identidade e para aceitar a separação. Em síntese, apresenta dificuldade para assumir o crescimento, a independência e a sexualidade. A doença geralmente se inicia de maneira traiçoeira: os doentes decidem iniciar um programa de emagrecimento e começam a perder peso. O sinal de alarme surge quando a negativa a comer é marcante ou quando aparece amenorreia. Em certos casos, a negativa para receberem alimentos é tão excessiva, que inclusive podem evoluir ao óbito.

Sintomas

Os sintomas mais comuns da anorexia nervosa são emagrecimento, peso inferior ao normal, desnutrição crônica, amenorreia, hiperatividade física e episódios de vômito.

Diagnóstico

Segundo o DSM-IV, o manual diagnóstico de transtornos mentais, estamos perante um quadro de anorexia nervosa quando existe: rejeição a manter o peso corporal igual ou acima do valor mínimo normal correspondente, medo intenso de aumento de peso, alteração da percepção do peso ou da silhueta corporal, exagero da sua importância na autoavaliação ou negação do perigo que representa o baixo peso corporal. Nas mulheres, a amenorreia (ausência de menstruação) também é presente.

Tratamento

Inicia-se com o reconhecimento do doente da necessidade de aumentar de peso. Numa primeira fase é projetada uma dieta basal (para atender as necessidades corporais), com aumentos gradativos de 100 a 200 calorias por semana. A dieta deve ser equilibrada, rica em alimentos com alto valor proteico e fracionada, para conseguir uma tolerância melhor. Quando a realimentação torna-se difícil, podem ser utilizadas preparações nutritivas líquidas ou, inclusive, alimentação por sonda. A alimentação parenteral (via intravenosa) deve ser utilizada como última possibilidade. O tratamento pode durar meses e, se não for acompanhado por psicoterapia e grupos de apoio, pode permanecer durante a vida toda. É extremamente importante conciliar a terapia nutricional com a psicoterapia.

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