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Saúde mental em pauta: entenda o que é psicofobia

Os estigmas sobre os transtornos mentais possuem muitas consequências, inclusive o medo de pedir ajuda

Com a pandemia da Covid-19, a questão da saúde mental entrou em pauta. O isolamento social causou efeitos em quase toda a população que o seguiu à risca, já que todas as interações sociais, além das familiares, passaram a ser feitas através de uma tela de celular ou computador. Sendo assim, muitas pessoas têm desenvolvido sintomas mentais novos - sejam de ansiedade, de quadros depressivos ou outros - que podem causar insegurança tanto para conversar sobre o assunto quanto para pedir ajuda. 

O preconceito contra as pessoas com diagnósticos psiquiátricos - transtornos e deficiências mentais - é denominado psicofobia. De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), aproximadamente 10% de toda a população mundial sofre com doenças mentais, ou seja, cerca de 720 milhões de pessoas em escala global. Contudo, o tema ainda é visto como um tabu para a sociedade, surgindo preconceitos e estereótipos.

Pensando nisso, a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) concebeu o dia 12/04 como o Dia Nacional de Enfrentamento à Psicofobia, aprovado pelo Senado em 2016. O objetivo da data é informar corretamente e educar a população sobre o assunto, a fim de eliminar estigmas sociais, estereótipos e preconceitos ligados a elas. Além disso, o dia promove a conscientização das pessoas sobre as doenças mentais, seus sintomas e tratamento, incentivando a acolher e ajudar quem sofre com isso.

Desse modo, é necessário disseminar a ideia de que é preciso dar atenção e cuidar da saúde mental, da mesma forma que é feito com a física, já que cerca de 76% a 85% dos portadores de transtornos mentais não têm acesso a nenhum tipo de tratamento, segundo a Organização Pan Americana de Saúde (OPAS). A procura de ajuda médica para casos psicológicos ainda é baixa e possui bastante resistência, justamente por conta dos preconceitos.

Os profissionais que trabalham no diagnóstico e no tratamento dessas doenças são os psiquiatras. O médico psiquiatra Vinicius Brum Prá, da Associação Catarinense de Psiquiatria (ACP), destaca que um dos desafios da entidade é diminuir o estigma quanto às doenças, transtornos e/ou deficiências mentais. “Na ACP, estamos comprometidos em conscientizar a população sobre as enfermidades mentais, com o intuito de diminuir os estigmas que esses pacientes sofrem. Diminuindo o preconceito, podemos fazer com que outras pessoas também procurem ajuda médica. O diagnóstico precoce é essencial para um melhor resultado do tratamento”, declara.

* Esta ferramenta não fornece aconselhamento médico. Destina-se apenas a fins informativos gerais, não pretende concluir nenhum diagnóstico e não aborda circunstâncias individuais. Não é um substituto do aconselhamento ou acompanhamento de profissionais da saúde. Alertamos que o diagnóstico e o tratamento não devem ser baseados neste site para tomar decisões sobre sua saúde. Jamais ignore o conselho médico profissional por algo que leu no www.saude.com.br. Se tiver uma emergência médica, ligue imediatamente para o seu médico.

Esta matéria pertence ao acervo do saude.com.br

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