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Máscaras de pano: eficazes ou insuficientes?

Após as festas de fim de ano, principalmente por conta das viagens do Réveillon, estamos entrando em mais um surto de coronavírus

As máscaras de pano se tornaram parte de nossas vidas pandêmicas desde o início. Nas primeiras semanas da Covid-19, o que mais viralizou na internet foram tutoriais online sobre como fazer máscaras de tecido. Logo, empresas de todos os tipos inundaram o mercado com máscaras de pano, e muitas costureiras também viram nesse produto uma boa oportunidade de produzir e vender. Contudo, as máscaras de tecido podem não ser a nossa melhor aliada ao coronavírus e, agora, à gripe viral.

Em alguns países, o uso de máscaras de pano foi proibido desde o ano passado. Empresas, companhias aéreas e espaços públicos, principalmente da Europa, exigiam o uso de máscaras de grau médico, que são consideradas mais eficazes. Em outros lugares, não havia essa exigência, somente a orientação. Já no Brasil, apesar da maior eficácia comprovada, ainda não há nenhuma recomendação para trocar as máscaras de pano pelas de uso médico.

Desde o início de 2021, alguns países, em especial os europeus, já começaram a recomendar o uso de máscaras médicas, à medida que as novas variantes da Covid-19 começaram a aparecer. Por exemplo, na França, o governo tornou obrigatório o uso de máscaras em público e recomendou que os cidadãos usassem apenas máscaras cirúrgicas descartáveis ou máscaras N95; enquanto na Alemanha e na Áustria, ambos os governos exigiram que os cidadãos usassem peças faciais com filtro (FFP) - um padrão europeu que oferece um sistema de filtragem semelhante ao N95 - no transporte público, nos locais de trabalho e nas lojas.

 

Máscaras de tecido x máscaras de uso médico

O coronavírus pode se espalhar por meio de gotículas ou partículas aerossolizadas que as pessoas infectadas emitem quando espirram, tossem, falam ou respiram. Todas as máscaras, quando usadas do jeito certo, são projetadas para reter as gotas que escapam do nariz e da boca do usuário, o que pode proteger outras pessoas nas proximidades e impedir a propagação da doença.

Entretanto, a diferença entre as máscaras de pano e as máscaras de grau médico é a quantidade de proteção que oferecem ao usuário ao respirar as partículas. As máscaras N95, por exemplo, evitam que pelo menos 95% das partículas aerossolizadas entrem, enquanto as cirúrgicas fornecem 71,5% de filtração. Já as máscaras de tecido, por virem em uma ampla variedade de materiais e designs, é difícil fazer generalizações sobre a sua eficácia. Segundo testes com diferentes modelos, uma máscara de malha de algodão de três camadas bloqueou 26,5% das partículas, mas uma de náilon de duas camadas com um filtro e uma ponte de metal para o nariz filtrou 79%.

Dessa forma, não há padrões que regem essas máscaras, ou seja, não tem como saber se aquela que você está usando oferece uma boa proteção ou não. Se as máscaras de pano continuarem sendo a sua única opção, seja pelo preço ou pela praticidade, vale a pena pesquisar um pouco antes de escolher qual comprar. Mas lembre-se: todas as máscaras precisam ser usadas adequadamente, ajustadas rente ao rosto, sem fendas, para realmente proteger.

* Esta ferramenta não fornece aconselhamento médico. Destina-se apenas a fins informativos gerais, não pretende concluir nenhum diagnóstico e não aborda circunstâncias individuais. Não é um substituto do aconselhamento ou acompanhamento de profissionais da saúde. Alertamos que o diagnóstico e o tratamento não devem ser baseados neste site para tomar decisões sobre sua saúde. Jamais ignore o conselho médico profissional por algo que leu no www.saude.com.br. Se tiver uma emergência médica, ligue imediatamente para o seu médico.

Esta matéria pertence ao acervo do saude.com.br

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