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Automedicação: uso indevido de antibióticos causa resistência antimicrobiana

Pesquisa feita pelo curso de Química da Universidade de Passo Fundo analisa as consequências do uso irracional dos antibióticos Amoxicilina e Azitromicina

Uma pesquisa realizada no curso de Química do Instituto de Ciências Exatas e Geociências da Universidade de Passo Fundo (Iceg/UPF) aborda a questão do uso irracional de antibióticos. O estudo é feito pela acadêmica Laís Cella, sob a orientação da professora mestra Janaína Chaves Ortiz, no Programa de Iniciação Científica do curso. A prática do uso irracional de antibióticos é a principal causadora do surgimento de resistência aos antimicrobianos Amoxicilina e Azitromicina, muito utilizados, por exemplo, no tratamento de infecções do trato respiratório.

A pesquisa da acadêmica aponta de que modo esses antibióticos – Amoxicilina e Azitromicina – agem no organismo e quais as interações químicas envolvidas, enfatizando as estruturas químicas e as reações, que esclarecem como se dá a resistência a esses medicamentos. "A resistência aos antibióticos se tornou um grande desafio para a saúde pública, pois pode acarretar maiores complicações no tratamento, aumentando, assim, o número de hospitalizações mais longas, e possivelmente um aumento no número de óbitos decorrente da falta de opções de tratamento", ressalta a acadêmica.

O uso de antibióticos se tornou indispensável para um tratamento rápido e mais eficaz de doenças infecciosas. Contudo, cada antibiótico apresenta características próprias e é prescrito para determinada infecção, ou seja, não significa que será eficaz contra todas as infecções existentes. Quando as bactérias causadoras das doenças infecciosas passam por mutações ou adquirem genes que lhe atribuem resistência, o antibiótico age eliminando as bactérias mais suscetíveis a sentir influências, deixando as bactérias mais resistentes para continuar se desenvolvendo e persistir no organismo, acarretando em infecções decorrentes, pois o antibiótico passará a não fazer mais o efeito esperado.

De acordo com a acadêmica, a automedicação se tornou uma prática muito comum e presente na vida da população. "As pessoas não se dão conta do mal que estão fazendo a si mesmas ingerido um medicamento, ou por iniciativa própria ou até mesmo por indicação de pessoas próximas, sem ter o conhecimento necessário sobre o antibiótico, a quantidade recomendada e o período de tempo que se pode fazer o uso da droga", enfatiza a autora da pesquisa.

A orientação médica é essencial para o tratamento. "As orientações clínicas são as formas mais importantes para garantir o uso correto de antimicrobianos. É preciso que cada um faça a sua parte", ressalta Laís.

* Esta ferramenta não fornece aconselhamento médico. Destina-se apenas a fins informativos gerais, não pretende concluir nenhum diagnóstico e não aborda circunstâncias individuais. Não é um substituto do aconselhamento ou acompanhamento de profissionais da saúde. Alertamos que o diagnóstico e o tratamento não devem ser baseados neste site para tomar decisões sobre sua saúde. Jamais ignore o conselho médico profissional por algo que leu no www.saude.com.br. Se tiver uma emergência médica, ligue imediatamente para o seu médico.

Esta matéria pertence ao acervo do saude.com.br

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