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E aquela vontade de doce após o almoço?

Saiba os fatores que podem aumentar esse desejo de açúcar

Tem gente que já come o prato principal pensando na sobremesa. Mas, apaixonados por doce à parte, a maioria das pessoas gosta mesmo de adoçar a boca depois das refeições. Para não ficar com a consciência pesada e satisfazer esse desejo muitas vezes incontrolável, a nutricionista Claudia Cappella dá algumas dicas.

Sem dúvida, as frutas estão em primeiro lugar no ranking das alternativas mais saudáveis, sejam elas frescas, secas ou liofilizadas (desidratadas). No caso das frescas, vale tentar preparações diferentes, como assar ou grelhar, ou adicionar canela. De acordo com a especialista, a opção de mini quadradinhos de chocolate com 70% ou mais de cacau também é bem vinda, pois há excelentes benefícios em seu consumo. Além de ser rico em antioxidantes, gera uma enorme sensação de bem-estar.

"Os sorvetes de iogurte também são uma boa, já que são refrescantes, não possuem gordura e são ricos em nutrientes", afirma Claudia. Quanto aos doces diet, devemos observar os ingredientes. Nem sempre compensam pela quantidade de gordura ou mesmo pelo adoçante utilizado nas receitas", alerta.

Sentir vontade de doce é normal. E não é apenas uma tentação, tem uma explicação fisiológica: a glicose é o alimento dos neurônios, as células cerebrais, e, para se manter vivo, o corpo humano precisa dessa substância. Mas esse desejo por açúcar pode acontecer de forma exagerada por conta de alguns fatores, como:

- O hábito de consumir constantemente alimentos ricos em farinhas e açúcar refinados. Esse costume eleva rapidamente a quantidade de insulina no sangue, para permitir a entrada da glicose nas células. Sem a glicose disponível no sangue, o organismo sinaliza ao cérebro que precisa de mais glicose, já que esta é a única fonte de energia para o sistema nervoso, e assim desencadeia a vontade de consumir alimentos ricos em açúcar e carboidratos simples.

- A presença de alguns fungos no intestino, em especial a Cândida. Sua fonte de energia é a glicose.

- A carência de alguns minerais. Isto desequilibra a produção de insulina pelo pâncreas e faz aumentar a necessidade de consumo de açúcar.

- Dietas radicais, com restrição severa de carboidratos. Quando se faz uma dieta destas, o organismo realiza a gliconeogênese, conseguindo glicose a partir da proteína (muscular, por exemplo) e dos lipídeos (triglicerídeos presentes nas células adiposas). Porém, por questão de sobrevivência, ele vai acabar por provocar a necessidade por açúcar, farinha, arroz e outras fontes de glicose de rápida absorção. Afinal, como já foi dito, esta é a única fonte de energia para o sistema nervoso, e o cérebro é quem comanda todo o organismo.

- Queda da produção de serotonina. Há diminuição de disposição e energia levando à letargia (um estado de cansaço). A vontade de consumir açúcar e carboidrato aumenta muito. Alimentos como iogurtes com lactobacilos e vegetais auxiliam na recuperação, pois agem na microbiota intestinal. E o intestino é o local onde a serotonina é largamente produzida.

É importante estar atento aos sintomas para que tudo esteja equilibrado. Alimentos doces podem e devem fazer parte de uma nutrição saudável, mas o ideal é seguir as dicas para não sabotar a dieta. "Busque alimentos integrais e ricos em fibras, mesmo nas sobremesas. Faça as refeições com calma, mastigando bem os alimentos. E, muito importante, evite longos períodos de jejum por causa da hipoglicemia. Se o organismo sentir ameaça de falta de energia, irá cobrar que consuma suas fontes em grande quantidade e estocará sob a forma de gordura", comenta a especialista.

A nutricionista ainda sugere o que chama de "kit de emergência", que consiste em três castanhas do Pará, três damascos e três ameixas secas. "É algo fácil de levar na bolsa, nutritivo e que diminui a ânsia por açúcar. Procure não comprar doces para deixar em casa. Os que não temos à mão, dificilmente sairemos para comprar. Deixe, sim, as frutas à disposição de toda a família. Variadas, coloridas e prontas para o consumo", orienta e conclui.

Bom, agora é só anotar as dicas e desfrutar com moderação!

* Esta ferramenta não fornece aconselhamento médico. Destina-se apenas a fins informativos gerais, não pretende concluir nenhum diagnóstico e não aborda circunstâncias individuais. Não é um substituto do aconselhamento ou acompanhamento de profissionais da saúde. Alertamos que o diagnóstico e o tratamento não devem ser baseados neste site para tomar decisões sobre sua saúde. Jamais ignore o conselho médico profissional por algo que leu no www.saude.com.br. Se tiver uma emergência médica, ligue imediatamente para o seu médico.

Esta matéria pertence ao acervo do saude.com.br

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