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A importância de uma boa qualidade de vida para evitar o AVC e AVE

O acidente vascular cerebral e o acidente vascular encefálico podem ser tratados caso aconteça um diagnóstico rápido, porém, uma boa qualidade de vida pode ser suficiente para evitá-los

As doenças vasculares do cérebro estão em primeiro lugar entre todas as enfermidades neurológicas e são consideradas a terceira principal causa de morte no Ocidente. Só nos Estados Unidos, ocorrem 450 mil novos casos a cada ano, sendo responsáveis por 9% de todos os óbitos no país. Os sintomas do acidente vascular encefálico (AVE) ou acidente vascular cerebral (AVC) são difíceis de serem detectados. No entanto, é possível verificar precocemente a possibilidade de ser acometido por este mal, checando regularmente a pressão arterial e procurando mantê-la em níveis normais, além de fazer uma angiotomografia e uma angioressonância.

Também conhecido como derrame cerebral, o índice de AVE aumenta conforme as pessoas envelhecem. Estudos indicam que, entre 55 e 65 anos, a incidência proporcional do AVE é de 100 casos para cada 100 mil pessoas e esta proporção sobe para mil casos a cada 100 mil pessoas, com idade acima de 75 anos. Ter uma boa qualidade de vida, não fumando e fazendo atividade física com frequência, é fundamental na prevenção desse tipo de doença.

Para que a leitura não se torne complexa e cansativa, o Portal Saúde entrevistou o angiologista Vasco Lauria Fonseca Filho, diretor de Artrologia da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular, Regional do Rio de Janeiro, para contar todos os detalhes da doença, através de uma linguagem simples (e não técnica) a fim de facilitar a compreensão dos nossos leitores.

 

Por que acontecem os acidentes vasculares cerebrais?

Dr. Vasco Lauria: O AVC hemorrágico acontece com o rompimento de uma artéria do cérebro; já o AVC isquêmico, quando o trombo obstrui uma artéria do cérebro.

 

Quais os fatores de risco para o derrame cerebral?

Dr. Vasco Lauria: Os principais fatores de risco são: arteriosclerose, diabetes, hipertensão e fumo.

 

O AVC é hereditário?

Dr. Vasco Lauria: Não.

 

Quais os sintomas mais frequentes?

Dr. Vasco Lauria: Os sintomas mais frequentes são: perda de consciência temporária ou permanente, queda de visco, perda da capacidade de movimentos e da força muscular nos membros, perda da fala e sonolência, entre outros.

 

Qual a relação entre o AVC e a depressão?

Dr. Vasco Lauria: Não existe relação de causa e efeito entre a depressão e o AVC, embora uma pessoa que sofra AVC pode ficar deprimida pelas sequelas que podem ocorrer após o problema.

 

Atualmente, é possível reduzir os danos provocados pelo AVC desde que tenha acabado de acontecer. E se tivesse ocorrido há vários dias?

Dr. Vasco Lauria: A melhor maneira de reduzir os danos provocados por AVC é o tratamento preventivo, isto é, tratar a causa antes que ocorra o acidente vascular. Após a ocorrência do acidente, os danos provocados vão depender da área do cérebro atingida e do tipo de AVC.

 

O que uma pessoa pode fazer ou que tipo de vida deve levar para evitar um acidente vascular cerebral?

Dr. Vasco Lauria: Manter a pressão arterial em níveis normais; controlar o nível do açúcar no sangue, em casos de diabéticos; não fumar; e fazer atividades físicas regularmente, entre outras medidas.

 

Quais são os exames realizados para detectar a causa e verificar a gravidade da doença?

Dr. Vasco Lauria: Antes de ocorrer o AVC, a pessoa pode tomar medidas preventivas com um cardiologista e um cirurgião vascular. Com o especialista em Cardiologia, verificar a pressão arterial e mantê-la em níveis normais. Já o especialista em Cirurgia Vascular, fazer uma angiotomografia e uma angioressonância, entre outros. Após ocorrer o AVC, ele deve procurar um neurologista que vai fazer uma angiorressonância ou ressonância cerebral.

 

Após o diagnóstico, como o tratamento é desenvolvido?

Dr. Vasco Lauria: A cirurgia vascular trata cirurgicamente as possíveis causas de AVC isquêmico, quer por cirurgia convencional, quer por técnica endovascular.

* Esta ferramenta não fornece aconselhamento médico. Destina-se apenas a fins informativos gerais, não pretende concluir nenhum diagnóstico e não aborda circunstâncias individuais. Não é um substituto do aconselhamento ou acompanhamento de profissionais da saúde. Alertamos que o diagnóstico e o tratamento não devem ser baseados neste site para tomar decisões sobre sua saúde. Jamais ignore o conselho médico profissional por algo que leu no www.saude.com.br. Se tiver uma emergência médica, ligue imediatamente para o seu médico.

Esta matéria pertence ao acervo do saude.com.br

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